Sonda chinesa completa 1000 dias em operação na Lua

Missão está explorando a cratera Von Kármán desde 2019.

Foto do rover Yutu 2 no solo lunar.
Foto do rover Yutu 2 no solo lunar. Crédito: CNSA

No último dia 29 de setembro, a missão robótica chinesa Chang’e 4 atingiu um marco importante. O módulo de pouso e o rover Yutu 2 completaram 1.000 dias terrestres em operação em solo lunar.

Com isso, a China quebrou o recorde anterior de 321 dias de uma sonda funcionando na Lua, conquistado pela sonda soviética Lunokhod 1, em 1970.

Apesar da intensa radiação solar, da alta variação de temperatura na superfície lunar e o regolito abrasivo, a missão está funcionando normalmente, incluindo os instrumentos científicos.

A sonda pousou na cratera Von Kármán em 2 de janeiro de 2019, localizada no outro lado da Lua, que não é visível da Terra. Nesse meio tempo, o Yutu 2 se deslocou por quase 840 metros e coletou mais de 3 terabytes de dados do solo lunar.

Como a sonda é movida a energia solar, ela é desligada regularmente durante a noite lunar, que dura cerca de 14,5 dias terrestres.

A China também informa que o satélite retransmissor Queqiao – que possibilita a comunicação da sonda com a Terra – também está totalmente operacional. Ele foi lançado em 2018 e colocado em um ponto que permite observar o tempo todo o outro lado da Lua e o nosso planeta.

Chang’e 4

Originalmente, a Chang’e 4 foi projetada para servir como um backup da missão anterior, a Chang’e 3, caso ela falhasse. Porém, como o pouso foi bem-sucedido, em 2013, a sonda acabou sendo reaproveitada para uma missão mais ambiciosa, de pousar no outro lado da Lua.

Para esta missão, o Yutu 2 foi redesenhado para ser mais durável, visto que o rover Yutu 1 sofreu um curto-circuito e perdeu a capacidade de se deslocar após dois dias lunares de funcionamento.

Já a missão posterior, a Chang’e 5, também foi bem sucedida, indo até a Lua e retornando para a Terra com cerca de 1,7 kg de amostras lunares, em dezembro do ano passado.

A China pretende lançar a Chang’e 6 em 2024, para coletar amostras do outro lado da Lua.

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Sobre o Autor

Hemerson Brandão

Hemerson é jornalista, escreve sobre espaço, tecnologia e, às vezes, sobre outros temas da cultura nerd. Ele também é grande entusiasta de astronomia, interessado em exploração espacial e fã de Star Trek.

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