China está determinada a levar taikonautas para a Lua

País deseja usar as missões lunares tripuladas como forma de impulsionar pesquisas científicas e fazer demonstrações tecnológicas.

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Lua fotografada a partir da Terra. Crédito da imagem: Sergei Borisov

Na última sexta-feira, 11, foi aberta a Conferência Espacial China 2020, um evento realizado, em Fuzhou, capital da província de Fujian, na China, que reúne executivos, pesquisadores e membros do governo para discutir o desenvolvimento do programa espacial chinês.

Durante a conferência, Zhou Yanfei, designer-chefe adjunto do programa espacial tripulado da China, afirmou que pretende utilizar as missões lunares tripuladas como maneira de impulsionar as pesquisas científicas e fazer demonstrações tecnológicas.

O país pretende levar taikonautas — como são chamados os astronautas chineses — até a Lua de forma totalmente independente, indicando que a China possui tecnologias e profissionais bem treinados para tal feito.

“Uma nova onda de explorações lunares está surgindo no mundo, com participantes que pretendem fazer missões sustentáveis para aprofundar o conhecimento da Lua e explorar seus recursos. Ao contrário de outras nações, a China deve depender de sua própria ciência e tecnologia para realizar nossos objetivos”, disse Yanfei.

Entretanto, engenheiros chineses ainda têm uma longa lista de dificuldades técnicas para resolver.

Os atuais foguetes chineses não são tão poderosos e as cápsulas tripuladas da série Shenzhou não são adequadas para expedições lunares. Além disso, os taikonautas não têm experiência em trabalhar em um outro corpo celeste.

Para ir à Lua, Zhou disse que o seu país está projetando um novo foguete que terá 87 metros de altura e 5 metros de diâmetro, o que o tornaria quase duas vezes mais alto que o Long March 5, atualmente o maior dos foguetes da China.

O foguete gigante terá um peso de decolagem de cerca de 2,2 mil toneladas, quase o triplo da Long March 5.

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Isso permitirá que o foguete posicione uma espaçonave de 25 toneladas em uma trajetória lunar.

Enquanto o novo lançador não sai do papel, o país tem investido em lançamentos robóticos.

Até o final deste ano, a China planeja lançar a sonda Chang’e-5. O objetivo é fazer um pouso suave na lua e trazer amostras de volta à Terra.

Além da Lua, os chineses também pretendem investir em outros temas desafiadores, como espaçonaves com energia nuclear, materiais resistentes ao calor para veículos aeroespaciais reutilizáveis, além de projetos para lidar com o lixo espacial.

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