NASA empresta rocha lunar para expor no Salão Oval da Casa Branca

Gesto simbólico demonstra o apoio da administração de Biden ao programa Artemis de exploração da Lua e Marte.

Atendendo a um pedido da administração do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, a NASA emprestou uma rocha lunar para ser exposta no Salão Oval da Casa Branca. A rocha de 332 gramas foi coletada pelos astronautas da Apollo 17, em 1972, a última missão tripulada a pousar na Lua.

Catalogada com o número 76015.143, a amostra foi retirada de uma grande rocha no Taurus-Littrow, um vale localizado na borda sudoeste do Mar da Serenidade.

De acordo com a NASA, a exposição da rocha lunar no gabinete do presidente Biden é um reconhecimento simbólico das ambições e realizações das gerações anteriores, além de um apoio à abordagem atual de exploração da Lua e Marte.

Ainda não está claro quais são os planos do governo de Joe Biden para a NASA, mas o Partido Democrata já declarou apoio ao programa Artemis, de exploração da Lua e, futuramente, Marte.

Entretanto, o partido não endossa os planos de desembarcar a primeira missão tripulada em solo lunar já em 2024, como pretendia a gestão de Donald Trump, devido ao financiamento limitado e aos desafios técnicos.

“Esta pesquisa [científica] contínua é fundamental à medida que continuamos a aprender sobre nosso planeta e a Lua, e nos preparamos para futuras missões na órbita cislunar e além”, diz as inscrições na vitrine da rocha.

Segunda exibição

Biden é o primeiro presidente a solicitar que uma rocha lunar fosse exibida no Salão Oval desde seu primeiro dia no cargo.

Entretanto, outra amostra lunar (10057.30) ficou exposta no Salão Oval, entre 1999 e 2001, a pedido do então presidente Bill Clinton, como parte das comemorações dos 30 anos do pouso americano na Lua.

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“A coisa mais valiosa que tive como perspectiva política na Casa Branca foi uma pedra lunar”, disse Clinton durante entrevista em 2015.

De acordo com Clinton, em reuniões em que os ânimos ficavam exaltados, ele pedia para que os presentes olhassem para a rocha de 3,6 bilhões de anos e lembrassem que todos estão de passagem por aqui e que os mesmos precisavam se acalmar e descobrir qual é a coisa certa a se fazer.

“Funcionou sempre”, diz ele.

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