Júpiter pode ter sido atingido novamente por um asteroide
Detecção foi feita por astrônomos japoneses na última semana.
Um grupo de astrônomos japoneses registrou na última semana o que pode ter sido um impacto de um asteroide contra o planeta Júpiter. O flash do possível impacto foi captado no dia 15 de outubro de 2021, às 10h24 (horário de Brasília). De acordo com o vídeo divulgado abaixo, a explosão durou cerca de 4 segundos, mantendo uma luz constante por cerca de 2 segundos e depois desaparecendo rapidamente.
O impacto ocorreu próximo ao equador do planeta, mas não gerou uma cicatriz visível da Terra.
Um dos que avistaram o flash foi Arimatsu Ko, um professor assistente da Universidade de Quioto. Ele afirmou que desde o mês passado começou a observar Júpiter com o objetivo de estudar potenciais impactos.
Arimatsu afirmou que ficou surpreso ao ver flash e, a julgar pelo brilho, ele estima que o asteroide poderia ter vários metros de diâmetro.
Segundo a Europlanet Society, cerca de 6 objetos com mais de 10 metros de diâmetro atingem Júpiter todos os anos. Entretanto, nem todas essas colisões são registradas. Geralmente, essas detecções são feitas por astrônomos amadores, que investem em telescópios e softwares para observar e detectar esses possíveis impactos.
Astrônomo brasileiro detectou impacto no mês passado
Este flash observado pelos japoneses ocorreu cerca de um mês depois que um brasileiro detectou outro possível impacto em Júpiter.
No dia 13 de setembro de 2021, o engenheiro civil aposentado e astrônomo amador, José Luiz Pereira, de 60 anos, captou o flash de um impacto em Júpiter, utilizando um telescópio refletor newtoniano de 275 mm e o software DeTeCt, utilizado para pesquisas de eventos transitórios, como é o caso de impactos planetários.
Em entrevista para a Agência Brasil, ele afirmou que investiu mais de R$ 40 mil na compra de equipamentos e que chega a fazer 180 vídeos diários do céu. José é fã da astronomia desde os 14 anos.
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“É uma questão filosófica, porque a astronomia nos faz pensar que todos somos estrelas, já que nossa composição química tem, como origem, explosões estelares. Estudar o Universo me dá a sensação de me estudar. Essa conexão com céu e espaço me acalma o espírito e me dá a sensação de interagir com algo maior”, explica.
Até o momento, o maior impacto registrado em Júpiter ocorreu em 1994, quando os restos do cometa Shoemaker-Levy 9 se chocaram contra o planeta.
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