Recorde: China já realizou 40 lançamentos de foguetes em 2021

Número é superior ao de decolagens realizadas por americanos, russos e europeus.

Nesta quarta-feira, 27 de outubro de 2021, a China colocou em órbita da Terra um pequeno satélite de sensoriamento remoto. Com este lançamento, o país atingiu a marca de 40 tentativas de decolagens neste ano, batendo um recorde e ultrapassando as marcas estabelecidas em 2018 e 2020. Ao todo, 38 missões foram bem-sucedidas e apenas duas decolagens falharam.

O número de tentativas chinesas é superior ao de lançamentos realizados por lançadores americanos (39 até agora), russos (17) e europeus (4).

O número oficial de tentativas de lançamento da China em 2021 não inclui o teste de um míssil hipersônico, que foi divulgado recentemente pelo Financial Times.

Entre essas 40 missões, 36 delas foram realizadas com foguetes da família Long March. No início deste ano, a empresa China Aerospace Science and Technology (CASC) havia anunciado que planejava realizar mais de 40 voos de foguetes Long March até o final de 2021.

Também houve dois voos bem-sucedidos de foguetes Kuaizhou 1A (sendo um deles na última quarta-feira) e duas tentativas fracassadas do foguete comercial Hyperbola 1, da empresa comercial iSpace.

Frota de satélites

O satélite a bordo do mais recente lançamento chinês era o Jilin 1 Gaofen 02F, um novo membro de uma frota comercial de satélites de sensoriamento remoto, pertence à empresa Chang Guang Satellite Technology (CGSTL).

Atualmente, a frota já conta com 31 espaçonaves Jilin da série 1 em órbita, que vêm sendo lançados desde 2015. A empresa pretende lançar mais de 100 pequenos satélites.

VEJA MAIS

• China lança 3 taikonautas para uma missão de 6 meses em órbita
• Amostras lunares trazidas pela China revelam novidades sobre a Lua
• China e Rússia se unem para criar base de pesquisa na Lua

Esses satélites têm capacidade para coletar imagens da Terra com resolução menores do que 1 metro, sendo utilizadas para gestão de recursos naturais e monitoramento ambiental.

A empresa é uma joint venture entre o Instituto de Óptica, Mecânica e Física de Changchun, da Academia Chinesa de Ciências; o governo da província de Jilin; e três empresas privadas.

>>> Receba novidades astronômicas diretamente no seu celular. Inscreva-se no nosso canal para ser avisado sobre a publicação de novos conteúdos no Futuro Astrônomo.