China e Rússia se unem para criar base de pesquisa na Lua

Iniciativa busca construir infraestrutura para apoiar a exploração humana e científica na superfície lunar.

China e Rússia se unem para criar base de pesquisa na Lua
Ilustração da futura Estação Internacional de Pesquisa Lunar (ILRS). Crédito: CNSA e Roscosmos

Enquanto a NASA está desenvolvendo o programa Artemis, de retomada dos voos tripulados à Lua, China e Rússia têm um projeto próprio de exploração lunar.

A ideia de chineses e russos consiste na construção da Estação Internacional de Pesquisa Lunar (ILRS), que será composta por uma estação espacial, uma base na superfície da Lua, além do uso de um conjunto de robôs e rovers inteligentes.

Com a iniciativa, os dois países pretendem contar com uma infraestrutura para realizar pesquisas científicas para estudar a topografia, morfologia, química, geologia e estrutura interna da Lua. A base também servirá para fazer observações da Terra e do espaço, assim como apoiar a futura exploração humana pelos dois países.

As duas potências espaciais assinaram em março deste ano um memorando de entendimento para a construção da ILRS. O documento esclarece os princípios gerais, modos de participação e diretrizes para as atividades realizadas na futura estação lunar.

Esta declaração será apresentada durante o 72º Congresso Internacional de Astronáutica (IAC, na sigla em inglês), que será realizada neste mês em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos. Os dois países afirmam que comentários e sugestões internacionais são bem vindos.

Exploração da Lua

O cronograma de atividades da estação lunar da China e da Rússia começa ainda neste ano, com uma fase de reconhecimento inicial. Até 2025, as duas agências devem escolher o local para a implantação da base lunar, com construção prevista para ocorrer entre os anos de 2026 e 2035. O início da operação da ILRS será a partir de 2036.

Já a estação orbital será colocada em uma órbita entre a Lua e a Terra, servindo para apoiar o tráfego regular entre os dois corpos celestes.

O envio dos primeiros astronautas só deverá ocorrer a partir da próxima década.

China e Rússia pretendem convidar parceiros internacionais (incluindo governos e empresas privadas) para se juntarem ao projeto e participarem no desenvolvimento de novas tecnologias.

VEJA MAIS

No final do mês passado, a Administração Espacial Nacional da China (CNSA) e a Agência Espacial Federal Russa (Roscosmos) realizaram um workshop para tratar sobre o desenvolvimento da futura estação de pesquisa lunar.

O seminário também teve a presença de especialistas da França, Itália, Holanda, Alemanha, Malásia, Tailândia, assim como o Escritório das Nações Unidas para Assuntos Espaciais, a Agência Espacial Europeia (ESA) e a Organização de Cooperação Espacial Ásia-Pacífico (APSCO).

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Sobre o Autor

Hemerson Brandão

Hemerson é jornalista, escreve sobre espaço, tecnologia e, às vezes, sobre outros temas da cultura nerd. Ele também é grande entusiasta de astronomia, interessado em exploração espacial e fã de Star Trek.

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