Rover chinês termina missão primária em Marte, mas exploração continua
Missão está explorando Utopia Planitia, uma grande planície dentro da maior bacia de impacto conhecida no Sistema Solar.
No último dia 15 de agosto, o rover chinês Zhurong completou a missão primária de três meses explorando Marte, incluindo a conclusão de todas as tarefas predeterminadas. Desde que pousou no planeta, em Utopia Planitia, em 14 de maio de 2021, a sonda percorreu 889 metros, tirou selfies, analisou rochas e dunas e visitou o próprio equipamento de pouso.
Ao todo 10GB de dados científicos brutos do Zhurong já foram enviados para a Terra, com a ajuda do orbitador da missão Tianwen-1. Acredita-se que a região explorada está abaixo da costa de um antigo oceano marciano.
“Esperançosamente, ao fornecer esses dados aos nossos cientistas, podemos obter uma compreensão mais profunda da geologia de Marte e, então, ver se podemos encontrar evidências da existência de um antigo oceano em Utopia Planitia”, disse Liu Jianjun, projetista-chefe da missão.
A Administração Espacial Nacional da China (CNSA) afirmou que os seis instrumentos científicos do rover – de 1,85 m de altura e de 240 kg – estão funcionando normalmente e que a missão continuará explorando a Utopia Planitia, uma grande planície dentro da maior bacia de impacto conhecida no Sistema Solar.
Apagão em Marte
Entretanto, a sonda entrará em modo de segurança, operando de forma autônoma e com capacidade limitada, entre meados de setembro até o final de outubro deste ano. O motivo é uma conjunção solar que impedirá as comunicações entre a Terra e Marte.
A missão Tianwen 1, composta pelo orbitador, módulo de pouso e o rover, foi lançada em julho de 2020 e é a primeira missão interplanetária independente da China. A espaçonave entrou em órbita de Marte em fevereiro deste ano.
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“Tianwen 1 é o exemplo mais recente da presença em rápida expansão da China no espaço sideral, após uma série de realizações recentes que incluem colocar a primeira seção da estação espacial permanente do país em órbita, retornar as primeiras amostras lunares à Terra em mais de quatro décadas e completar uma rede global de navegação por satélite”, afirmou a CNSA em comunicado.
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