Mais uma! Sonda chinesa Tianwen-1 chega à Marte

Ambiciosa missão da China pretende orbitar, pousar e liberar um veículo robótico na superfície do planeta vermelho.

Foto de Marte captada no início do mês pela espaçonave Tianwen-1.
Foto de Marte captada no início do mês pela espaçonave Tianwen-1. Imagem: CNSA / CASC

A China acaba de fazer história ao colocar em órbita de Marte a sonda Tianwen-1. Com o feito, a China se torna o sexto país (ou agência espacial) a ter uma sonda orbitando o planeta vermelho, depois da antiga União Soviética, Estados Unidos, União Europeia, Índia e Emirados Árabes Unidos.

A espaçonave chinesa – composta por orbitador, módulo de pouso e rover – ligou o motor principal por volta das 8h52 (horário de Brasília), para que ela fosse capturada pela gravidade de Marte.

O procedimento há 192 milhões de km de distância foi monitorado por radioamadores em terra.

A Administração Espacial Nacional da China (CNSA) não realizou uma cobertura ao vivo da chegada da sonda.

Missão ambiciosa

A espaçonave está agora em uma órbita elíptica ao redor de Marte.

Nos próximos dias, a Tianwen-1 deverá fazer novas queimas de motores para alcançar uma órbita mais próxima de Marte.

Em maio ou junho, a sonda deverá liberar um módulo de pouso que contém um rover para explorar a superfície do planeta.

A missão é ambiciosa, pois essa combinação de orbitador, veículo de pouso e rover nunca havia sido lançada antes em direção à Marte.

O local escolhido para o pouso é uma vasta planície no hemisfério norte de Marte chamada Utopia Planitia, a maior bacia de impacto reconhecida no Sistema Solar.

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Caso tenha sucesso, a CNSA se tornará a terceira agência espacial a completar um pouso suave na superfície.

Entre os principais objetivos da missão estão o estudo da morfologia e a estrutura geológica do planeta; analise das características da superfície e a distribuição de água e gelo; investigação da composição do material do solo; medição da ionosfera e as características do clima e ambiente marciano na superfície; e percepção dos campos físicos (eletromagnético e gravitacional), além da estrutura interna de Marte.

A chegada da Tianwen-1 ao planeta vermelho acontece um dia após da entrada em órbita da Al Amal, dos Emirados Árabes Unidos, e oito dias antes da Perseverance, dos Estados Unidos.

Ilustração artística do orbitador e rover da missão Tianwen-1 em Marte. Imagem: CNSA / Academia Chinesa de Ciências / Astronomia da Natureza

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Sobre o Autor

Hemerson Brandão

Hemerson é jornalista, escreve sobre espaço, tecnologia e, às vezes, sobre outros temas da cultura nerd. Ele também é grande entusiasta de astronomia, interessado em exploração espacial e fã de Star Trek.