Asteroide ‘potencialmente perigoso’ se aproxima da Terra

Observatório Nacional ressalta que não há risco de colisão.

Simulação do dia 22 de setembro de 2021. Em roxo, a órbita do asteroide 2021 NY1 cruzando a da Terra (em azul)
Simulação do dia 22 de setembro de 2021. Em roxo, a órbita do asteroide 2021 NY1 cruzando a da Terra (em azul). Imagem: The Sky Live

Nesta quarta-feira, 22 de setembro, o asteroide batizado de 2021 NY1 fará a máxima aproximação do nosso planeta. A informação é do Observatório Nacional (ON), que afastou qualquer risco de colisão com a Terra.

O objeto tem um diâmetro estimado entre 130 e 300 metros (o tamanho de três campos de futebol) e passará a cerca de 1,5 milhão de quilômetro da Terra, o que equivale a quatro vezes a distância média entre o nosso planeta e a Lua. Ele está viajando a uma velocidade de 9,35 km/s.

Segundo Filipe Monteiro, astrônomo do ON, a máxima aproximação ocorrerá às 11h42 (horário de Brasília), não sendo assim visível do Brasil. Porém, a partir do dia 25 de setembro, ele poderá ser observado de madrugada no céu por instrumentos brasileiros.

“Durante essa aproximação, o objeto será um alvo bastante interessante para os observatórios ópticos e de radar, o que permitirá a determinação das propriedades físicas desse NEO [Objetos Próximos da Terra, na sigla em inglês], assim como permitirá avaliar possíveis mudanças em sua órbita. Por ser um objeto potencialmente perigoso, o conhecimento das suas características físicas é muito importante para prever a sua evolução orbital, e assim avaliar os riscos de impacto com a Terra no futuro”, explica Monteiro.

Asteroide potencialmente perigoso

Diante do tamanho do asteroide e da sua órbita, ele é classificado como um asteroide potencialmente perigoso, com chances de se chocar com o planeta em algum momento no futuro.

A próxima passagem próxima da Terra do 2021 NY1 ocorrerá apenas em 2044, quando ele atingirá uma distância de 5,7 milhões de km. Um encontro tão próximo como o de 2021 ocorrerá apenas em 2105, quando ele chegará a 2,7 milhões de km da Terra. Porém, como a orbita desses objetos não é estável, as constantes mudanças gravitacionais dos planetas e do Sol podem mudar seu caminho de maneira imprevisível.

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Atualmente, o Observatório Nacional conta com o projeto IMPACTON (Iniciativa de Mapeamento e Pesquisa de Asteroides nas Cercanias da Terra) que faz pesquisa na área de NEOs.

Recentemente, Monteiro liderou uma equipe que identificou o primeiro núcleo de um cometa binário extinto da história localizado próximo da Terra, e que passou a cerca de 6 milhões de km de distância do nosso planeta, em 2018.

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