Boeing será investigada por possível fraude em licitação da NASA
Processo criminal analisa se ex-funcionário da agência espacial repassou informações privilegiadas para a empresa durante concorrência.
As fraudes em licitações públicas não é uma exclusividade do Brasil. De acordo com a Reuters, a Boeing passará por uma investigação independente para analisar as suas práticas de conformidade e ética. O objetivo é revisar os procedimentos de treinamento dos executivos que entram em contato com funcionários do governo americano.
A ação é fruto de um acordo firmado pela empresa com a NASA e a Força Aérea dos Estados Unidos, para avaliar o comportamento da Boeing nas recentes licitações da agência espacial.
Em agosto passado, promotores federais abriram uma investigação criminal para saber se o ex-chefe de exploração humana da NASA, Doug Loverro, guiou indevidamente o executivo espacial da Boeing, Jim Chilton, durante o processo de licitação para o desenvolvimento de um veículo privado de pouso lunar.
Segundo as investigações, a Boeing estava prestes a ser eliminada da licitação, tendo como base suas avaliações técnicas e de custo do projeto. Porém, em pouco dias, a empresa aeroespacial apresentou uma nova e diferente proposta.
No fim, a Boeing foi desclassificada da concorrência pela NASA, por ter enviado a proposta tarde demais. Em abril deste ano, a agência acabou fechando com outras três empresas — a SpaceX, a Blue Origin e a Dynetics — com os contratos totalizando quase US$ 1 bilhão (R$ 5,32 bilhões na cotação atual).
Em maio, Loverro deixou a agência espacial alegando que cometeu um erro. A sua saída teria sido pressionada pela diretoria da própria NASA.
Na época, conforme noticiado pelo Futuro Astrônomo, ele disse que cometeu um erro, mas sem entrar em detalhes.
“Os riscos que assumimos, sejam eles técnicos, políticos ou pessoais, têm consequências em potencial se os julgamos incorretamente. Assumi esse risco no início do ano porque julgava necessário cumprir nossa missão. Agora, no restante do tempo, é claro que cometi um erro nessa escolha, pela qual só eu devo suportar as consequências” disse Loverro em carta.
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Desde que ex-funcionário da NASA renunciou ao seu cargo, a Boeing demitiu um advogado da empresa e um grupo de funcionários de nível médio, disseram pessoas familiarizadas com o caso.
Além da investigação independente, a Boeing terá que se reunir trimestralmente com representantes da NASA e da Força Aérea dos EUA até 2022, para fornecer atualizações sobre seus esforços de melhoria de ética e conformidade, sob o risco de ser proibida de participar de novas licitações.
“Agradecemos o diálogo produtivo que mantivemos com as agências e acreditamos que o acordo ajudará a garantir que atenderemos a essas expectativas no futuro”, afirmou o porta-voz da Boeing, Damien Mills.
Atualmente, a Boeing tem um contrato vigente com a NASA para desenvolver uma cápsula espacial tripulada, a Starliner, nos mesmos moldes que a agência tem com a SpaceX.
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