NASA está disposta a comprar rochas lunares

Agência espacial quer pagar até 25 mil dólares pelas amostras da Lua.

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Concepção artística de uma sonda na superfície da Lua. Crédito da imagem: Astrobotic.

A NASA lançou um chamamento público convidando empresas privadas a desenvolverem uma sonda automatizada que consiga capturar amostras de rochas da superfície da Lua em um pequeno recipiente. A agência se comprometeu a pagar entre 15 mil e 25 mil dólares para quem conseguir realizar o feito.

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A NASA pagará uma pequena parte do dinheiro na assinatura do contrato e durante o lançamento. O restante será pago quando a empresa comprovar com dados e imagens que realmente conseguiu coletar as amostras.

A captura de rochas deve ocorrer até 2024, antes que a agência envie humanos de volta à Lua. A responsabilidade de trazer as rochas para a Terra ficará a cargo da NASA.

A ideia da agência é impulsionar o mercado de recursos escavados na Lua ou em outros mundos do Sistema Solar.

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Além disso, o uso de tais recursos será fundamental para manter a presença sustentável de humanos na Lua. Em vez de enviar tudo da Terra, a ideia é utilizar materiais que já se encontram na Lua.

“Estamos colocando nossas políticas em prática para alimentar uma nova era de exploração e descoberta que beneficiará toda a humanidade”, anunciou o administrador da NASA, Jim Bridenstine.

Polêmica espacial

Por outro lado, o projeto é alvo de críticas, por estar estimulando a soberania de um país sobre os recursos de um objeto celeste.

Desde 2015, a legislação dos Estados Unidos permite que empresas e parceiros internacionais se apropriem de minerais explorados no espaço. Porém, a lei americana vai de encontro a um tratado internacional assinado em 1967 — o qual os EUA também é um dos signatários — de que nenhum país pode reivindicar a propriedade da Lua ou qualquer outro território no espaço.

O debate existe há anos. Além dos Estados Unidos, Luxemburgo também declarou que as empresas do país também podem ser proprietárias dos recursos que apanharem no espaço. Por outro lado, China e Rússia criticam a comercialização de recursos espaciais.

Dmitry Rogozin, diretor do programa espacial da Rússia, por exemplo, comparou a política de mineração espacial americana à invasão do Iraque pelos Estados Unidos.

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Sobre o Autor

Hemerson Brandão
Hemerson Brandão

Hemerson é jornalista, escreve sobre espaço, tecnologia e, às vezes, sobre outros temas da cultura nerd. Ele também é grande entusiasta de astronomia, interessado em exploração espacial e fã de Star Trek.