Ideia é ampliar a exploração planetária e fazer novas descobertas sobre o nosso Sistema Solar.

Após uma revisão técnica independente, a NASA decidiu expandir o tempo de exploração das missões InSight, em Marte, e Juno, em Júpiter. De acordo com a NASA, essas duas missões “aumentaram nossa compreensão de nosso Sistema Solar, bem como estimularam novos conjuntos de questões diversas”.

A análise de produtividade científica foi feita por especialistas com experiência em ciência, operação e gerenciamento de missões espaciais, chegando à conclusão que a InSight e a Juno “produziram ciência excepcional”, recomendando que a NASA continue com a exploração espacial.

“A revisão sênior validou que essas duas missões de ciência planetária provavelmente continuarão a trazer novas descobertas e a produzir novas perguntas sobre nosso Sistema Solar”, disse Lori Glaze, diretora da divisão de ciência planetária na sede da NASA em Washington.

É válido ressaltar que a extensão do tempo de exploração de uma sonda gera um impacto financeiro no orçamento da NASA, diminuindo os recursos disponíveis para outras missões atuais e futuras da agência espacial.

Por outro lado, missões estendidas ajudam a adquirir conjuntos de dados científicos valiosos de longa duração, incluindo a possibilidade de utilizar sondas que já estão no espaço para estudar objetos extras, que não estavam inicialmente previstos.

Isso permite que a NASA possa planejar novas missões, com objetivos científicos totalmente novos.

Missão InSight

Em Marte desde novembro de 2018, a InSight tem o objetivo de estudar a crosta e manto do planeta por meio de um sismômetro altamente sensível.

A equipe da sonda já coletou dados que demonstram que Marte possui uma robusta atividade tectônica. A InSight  também ajudou a entender mais sobre a dinâmica atmosférica e o campo magnético do planeta vermelho.

Inicialmente, a missão teria uma duração de dois anos, encerrando em novembro de 2020. Entretanto, a NASA decidiu prorrogar a aposentadoria da sonda para dezembro de 2022.

A missão estendida deverá focar na produção de um conjunto de dados sísmicos de longa duração de Marte.

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Missão Juno

Em setembro passado, a equipe da sonda Juno já ventilava a possibilidade de uma nova missão estendida.

A sonda apresentou um problema em seu motor principal, o que fez com que a NASA mantivesse a Juno em uma órbita longa ao redor de Júpiter, o que também ampliou o período de missão de fevereiro de 2018 para julho de 2021.

Agora, a NASA decidiu prolongar a missão mais uma vez, até setembro de 2025 ou até a sonda parar de funcionar, o que ocorrer primeiro.

A ideia é que a Juno seja utilizada para estudar não apenas Júpiter, mas também os anéis e satélites do planeta.

Estão programados um voo rasante de 1.000 km sobre Ganimedes em meados de 2021 e outro a apenas 320 km de Europa, no final de 2022.

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