Míssil russo coloca em risco astronautas da Estação Espacial
Teste de destruição de satélite fez com que tripulantes se refugiassem em espaçonaves para se protegerem de campo de destroços.
Segundo o site SpaceFlight Now, o Departamento de Estado dos Estados Unidos afirmou que a Rússia realizou um teste de destruição de um satélite com um míssil na madrugada desta segunda-feira, 15 de novembro de 2021, o que colocou em risco a vida dos 7 astronautas e cosmonautas a bordo da Estação Espacial Internacional (ISS).
Os EUA afirmam que a empresa de monitoramento de tráfego espacial LeoLab detectou mais de 1.500 fragmentos orbitais rastreáveis e centenas de milhares de fragmentos menores em órbita baixa, como resultado do teste antissatélite russo.
Esses fragmentos teriam origem na destruição do Cosmos 1408, um satélite de vigilância militar da era soviética, lançado em 1982.
O primeiro encontro entre a estação espacial e o lixo espacial ocorreu às 4h06 (horário de Brasília) e durou cerca de 10 minutos. Após, a estação fez outros encontros com o campo de detritos a cada 90 minutos.
“Este teste aumentará significativamente o risco para astronautas e cosmonautas na Estação Espacial Internacional, bem como para outras atividades de voos espaciais humanos. O comportamento perigoso e irresponsável da Rússia coloca em risco a sustentabilidade de longo prazo do espaço sideral e demonstra claramente que as alegações da Rússia de se opor ao armamento do espaço são insinceras e hipócritas. Os Estados Unidos trabalharão com nossos aliados e parceiros para responder ao ato irresponsável da Rússia”, afirmou o porta-voz do Departamento de Estado dos EUA.
Espaçonaves como bote salva-vidas
Durante a madrugada, para se proteger do campo de detritos espaciais, os astronautas e cosmonautas tiveram que deixar a ISS e se refugiaram nas espaçonaves Dragon e Soyuz, respectivamente, como se fossem verdadeiros “botes salva-vidas”.
Em caso de emergência – caso algum detrito atingisse a estação espacial – as naves poderiam se desacoplar da estação e retornar à Terra em segurança. Esse procedimento de evacuação é padrão, caso haja algum risco para a vida dos astronautas a bordo da ISS.
Enquanto isso, o controle da missão disparou os propulsores da ISS para levá-la para fora do caminho do lixo espacial. Porém, como essas manobras levam tempo para ser planejadas, a tripulação teve que permanecer por várias horas nos botes por segurança.
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No início da tarde, a tripulação foi orientada a voltar para a ISS. Porém, por questões de segurança, muitas das escotilhas entre os módulos da estação espacial permanecerão fechadas até terça-feira, 16 de novembro, enquanto o trabalho é feito para rastrear o campo de destroços resultante da recente destruição do satélite.
A NASA, assim como a Agência Espacial Russa (Roscosmos) estão monitorando regularmente um perímetro de segurança ao redor da estação espacial.
A tarefa de desviar a ISS de detritos é algo comum. Na semana passada, por exemplo, a estação teve que alterar sua órbita para evitar os destroços de um outro teste antissatélite, executado em 2013 pela China.
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