AEB estuda instalar novas plataformas de lançamento em Alcântara
Novo grupo de trabalho indicará possíveis pontos de implantação de infraestrutura.
A Agência Espacial Brasileira (AEB) criou um grupo de trabalho com o objetivo de realizar um estudo básico de viabilidade para a implantação de novas plataformas de lançamento no Setor de Preparação e Lançamento do Centro de Lançamento de Alcântara (CLA), localizado no estado do Maranhão. A novidade foi publicada na edição desta quinta-feira, 30 de setembro, do Diário Oficial da União.
Segundo o site do CLA, o local já conta com três plataformas, sendo uma para o lançamento de foguetes do tipo sondagem; a Torre Móvel de Integração (TMI) – que foi reconstruída após o acidente com o lançador de satélite de pequeno porte VLS-1; e uma plataforma “universal” para o lançamento de foguetes pesando até dez toneladas.
A ideia é implantar novas plataformas de lançamento de veículos lançadores suborbitais e orbitais de pequeno porte. Além do desenvolvimento e lançamento de foguetes nacionais, como o Veículo Lançador de Microssatélites (VLM-1), a AEB também tem interesse em utilizar a base em Alcântara para realizar lançamentos comerciais por meio da iniciativa privada.
O grupo de trabalho deverá indicar possíveis pontos para implantação das novas plataformas, levando em consideração a planta, relevo e afastamento de áreas protegidas (dunas e manguezais), bem como benfeitorias já existentes.
O estudo será realizado ao longo dos próximos 30 dias, podendo este prazo ser ampliado. Fazem parte do grupo de trabalho os engenheiros Paulo Roberto Braga Barros e Felipe Ferreira Fraga, representantes da AEB; além de Frank Cabral de Freitas Amaral e Aer Nícolas Cruvinel Lindo, do Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA). A coordenação será realizada por Paulo Roberto Braga Barros, diretor da Diretoria de Gestão de Portfólio (DGEP), da AEB.
Centro de Lançamentos de Alcântara
A construção do CLA começou no final da década de 1980. O local conta hoje com instalações que permitem integrar, preparar e controlar satélites e veículos, incluindo realizar testes de pré-lançamento, lançamento e rastreio.
O CLA também possui radares de proximidade e de precisão; antenas para aquisição, transmissão e tratamento de dados; assim como instrumentos para realizar previsões meteorológicas.
Na época da construção do Centro de Lançamento, por medidas de segurança, famílias da região foram realocadas para viver em agrovilas, dotadas de infraestrutura de apoio, energia elétrica e de serviços de telecomunicações.
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Conexão por fibra óptica
Nesta semana, durante solenidade, o astronauta e ministro da Ciência, Tecnologia e Inovações, Marcos Pontes, anunciou a contratação de um cabo submarino que ligará São Luís, capital do Maranhão, até o município de Alcântara.
O objetivo é levar internet banda larga de alta velocidade por meio de cabos de fibra óptica para os moradores do município, assim como conectar a infraestrutura do Centro de Lançamento de Alcântara. O investimento previsto para a obra é de R$ 10 milhões.
Segundo o ministro do MCTI, essa conectividade vai estimular a formação de crianças e jovens da região em carreiras de ciência e tecnologia.
“O que nós conseguimos nesses 1000 dias foi mudar a realidade de décadas, como a gente teve aqui em Alcântara, uma espera de mais de 30 anos nas agrovilas. O futuro não está mais distante. O futuro está aqui e agora… Quando a gente fala de Brasil do futuro, a gente fala de formação. Esses jovens vão estar trabalhando em breve nesses prédios do CLA [Centro de Lançamento de Alcântara], projetando foguetes e satélites”, reforçou Marcos Pontes.
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