Covid-19 atrasa cronograma da missão OSIRIS-REx

Sonda da NASA já está em órbita de asteroide aguardando ordens para iniciar coleta de amostras da superfície e trazê-las para a Terra.

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Concepção artística da sonda OSIRIS-REx da NASA descendo em direção ao asteroide Bennu para coletar uma amostra da superfície. Imagem: NASA/Goddard/Universidade do Arizona

Está tudo pronto para iniciar a primeira missão de retorno de amostras de asteroides da NASA. A sonda OSIRIS-REx já está nas imediações do asteroide Bennu e transmitindo imagens da sua superfície para a Terra.

No mês passado, a sonda chegou a apenas 65 metros do asteroide, durante seu primeiro ensaio de coleta de amostras — concluindo com êxito as atividades que antecedem o evento de amostragem.

Entretanto, a tão esperada coleta de amostras vai ter que esperar por mais algum tempo.

Inicialmente, a primeira tentativa de coleta de amostras da superfície de Bennu estava programada para 25 de agosto. Porém, diante da pandemia da Covid-19, a data foi postergada para 20 de outubro.

Normalmente, qualquer tarefa realizada por uma nave no espaço exige um planejamento prévio, sem contar a execução de uma série de testes operacionais.

Diante do isolamento social, a equipe reduzida de engenheiros e cientistas da NASA ainda não conseguiu realizar todos os preparativos para a manobra que a sonda precisará fazer para recolher as amostras do Bennu.

Espera-se que durante a coleta, a OSIRIS-REx toque a superfície do asteroide por aproximadamente cinco segundos, disparará uma carga de nitrogênio pressurizado para perturbar a superfície e coletar uma amostra, antes que a sonda se afaste do objeto espacial.

Se a sonda conseguir fazer a coleta de primeira, uma nova tentativa não será feita. Ela está programada para partir de Bennu em meados de 2021 e trazer as amostras para a Terra em 24 de setembro de 2023.

“Até agora, o desempenho incrível desta missão é uma prova da extraordinária habilidade e dedicação da equipe OSIRIS-REx”, disse Dante Lauretta, pesquisador principal missão.

A missão pode indicar a presença de reações químicas na superfície do asteroide. As recentes descobertas de açúcares em meteoritos indicam que esses viajantes espaciais podem transportar alguns dos ingredientes para o surgimento da vida.

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Imagem em mosaico do asteroide Bennu, captada pela OSIRIS-REx da NASA. Imagem: NASA/Goddard/Universidade do Arizona

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Sobre o Autor

Hemerson Brandão
Hemerson Brandão

Hemerson é editor, repórter e copywriter, escrevendo sobre espaço, tecnologia e, às vezes, sobre outros temas da cultura nerd. Grande entusiasta da astronomia, também é interessado em exploração espacial e fã de Star Trek.