Fachada de observatório é tomada de lixo e gera revolta

Local é utilizado para o ensino, pesquisa e divulgação da astronomia.

Foto da fachada do Observatório de Astronomia da UNESP na manhã desta terça-feira (16).
Foto da fachada do Observatório de Astronomia da UNESP na manhã desta terça-feira (16). Crédito: Rodolfo Langhi/R7

Nesta terça-feira, 16 de novembro de 2021, a fachada do Observatório de Astronomia da Universidade Estadual Paulista (Unesp), localizado na cidade de Bauru, no interior de São Paulo, foi vista tomada de lixo. A informação é do R7.

A cena foi relatada pelo professor Rodolfo Langhi, coordenador do observatório. Ele explica que existia uma lixeira pública próxima ao local e que ela foi trocada de lugar e colocada “exatamente em frente” ao prédio astronômico.

Langhi relatou que é comum o acúmulo de lixo na região, mas que os coletores da prefeitura raramente vão até lá para recolher os dejetos.

A situação tem gerado revolta de docentes e alunos da Unesp e é inclusive comentada por visitantes do observatório.

“O amontoado de lixo traz mau cheiro, atrai animais como urubus e, ainda, devido ao vento, restos de papel, de comida e objetos indesejados entram constantemente na área do prédio do Observatório e do IPMet [Instituto de Pesquisas Meteorológicas] da Unesp”, disse o professor.

“Não tenho interesse em saber quem tomou esta decisão, mas fico muito triste em saber que os responsáveis por isso desconsideram totalmente todo o nosso esforço e trabalho a favor da comunidade. Ao tomarem essa decisão, revelam o que pensam sobre nós”, completou.

Resposta da prefeitura de Bauru

Procurada, a Prefeitura de Bauru afirmou que a alteração do local da lixeira foi feita de forma provisória, para que a lixeira original fosse melhorada e ampliada.

A prefeitura explicou que a coleta na cidade ocorre três vezes por semana (às terças e quintas-feiras e aos sábados). Entretanto, devido ao feriado da Proclamação da República, a coleta de sábado não foi realizada, o que ocasionou o acúmulo de lixo em frente ao observatório.

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Já a Empresa Municipal de Desenvolvimento Urbano e Rural de Bauru (EMDURB) disse que realizaria a coleta do lixo orgânico e que, além disso, vai a cada quinze ou vinte dias até o local com um caminhão basculante para recolher todo o material depositado no local.

“O que acontece é que que quem faz uso da lixeira, moradores das chácaras vizinhas, não respeitam o dia e horário da coleta e depositam lixo a qualquer hora, o que tem gerado acúmulo do resíduo. Os munícipes fazem do local, um depósito de entulhos, restos de materiais de construção e até animais mortos. Este tipo de resíduos a EMDURB não recolhe pelo caminhão de coleta do lixo orgânico. Por isso, pedimos a colaboração de todos”, afirmou a empresa.

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Sobre o Autor

Hemerson Brandão
Hemerson Brandão

Hemerson é editor, repórter e copywriter, escrevendo sobre espaço, tecnologia e, às vezes, sobre outros temas da cultura nerd. Grande entusiasta da astronomia, também é interessado em exploração espacial e fã de Star Trek.