Universo pode ter menos galáxias do que o previsto
Dados coletados pela sonda New Horizons, da NASA, indicam que o número de galáxias pode estar bem abaixo do que o revelado pelo Hubble.
Um novo levantamento feito com dados recolhidos da sonda New Horizons, da NASA, aponta que o número de galáxias do Universo pode estar na casa das centenas de bilhões, um número bem inferior aos 2 trilhões revelados pelo Telescópio Espacial Hubble.
Para estimar o número de galáxias no Universo, os astrônomos contam tudo o que é visível em uma determinada porção do céu e, em seguida, utilizam cálculos e modelos matemáticos para extrapolar um número de galáxias para a área total do céu.
No caso das galáxias mais distantes é possível detectá-las a partir da luz difusa que elas inundam o espaço.
Foi o que foi feito em 2016, quando pesquisadores utilizando imagens de campo profundo produzidas pelo Hubble estimaram que o universo tinha 2 trilhões de galáxias, 10 vezes mais que o esperado na época.
A equipe que fez a descoberta concluiu que 90% das galáxias do universo estavam além da capacidade do Hubble de detectar na luz visível.
O problema é que o telescópio Hubble está em órbita da Terra, no Sistema Solar Interno, numa região com muita “população luminosa”, causada pela luz do Sol refletida em inúmeras minúsculas partículas de poeira de asteroides e cometas desintegrados.
New Horizons
Para fazer uma medição mais precisa seria preciso se afastar do Sol. É aí que entra a New Horizons.
Depois de visitar Plutão, a sonda da NASA está atualmente a cerca de 7,5 bilhões de km da Terra.
Aproveitando-se dessa grande distância, uma equipe de cientistas usou observações da New Horizons para determinar o brilho desse fundo óptico cósmico, em uma região do Sistema Solar que o céu é 10 vezes mais escuro do que o céu mais escuro acessível ao Hubble.
Surpreendentemente, o estudo revelou que o Universo é mais escuro do que era esperado, e também há menos galáxias do que alguns estudos teóricos sugerem.
“É um número importante para saber – quantas galáxias existem? Simplesmente não vemos a luz de dois trilhões de galáxias”, concluiu Marc Postman, um dos principais autores do estudo.
O estudo foi aceito e publicado no The Astrophysical Journal.
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O trabalho não foi fácil. A equipe precisou analisar as imagens existentes nos arquivos da New Horizons. Depois, foi necessário corrigir vários fatores, como a luz das estrelas da Via-Láctea refletida na poeira interestelar.
“Esses tipos de medições são extremamente difíceis. Muitas pessoas tentam fazer isso há muito tempo. A New Horizons nos forneceu uma posição vantajosa para medir o fundo óptico cósmico melhor do que qualquer um foi capaz de fazer”, afirmou Tod Lauer, outro pesquisador que participou do estudo.
Apesar da discrepância nas medições, é esperado que o mistério seja resolvido quando a NASA lançar o seu próximo telescópio espacial, o James Webb, em dezembro de 2021.
O novo telescópio será capaz de fazer imagens de campo ultraprofundas que nenhum outro instrumento foi capaz de fazer.
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