Somos feitos de poeira de estrelas… especialmente as massivas
Novo estudo mostra como jovens estrelas massivas podem fabricar moléculas orgânicas necessárias à vida.
Em um novo estudo publicado no The Astrophysical Journal, cientistas apresentaram alguns novos insights sobre como os materiais precursores para a vida são incorporados aos planetas por suas estrelas hospedeiras.
Utilizando o Observatório Estratosférico de Astronomia Infravermelha (SOFIA), os pesquisadores encontraram grandes quantidades de água e moléculas orgânicas ao redor de jovens estrelas massivas, justamente onde planetas futuros poderiam se formar.
As estrelas estudadas foram a AFGL 2591 e a AFGL 2136, localizadas a 3.000 anos-luz de distância na constelação do Cisne e na Nebulosa do Malabarista, respectivamente.
“Essas estrelas são como fábricas de produtos químicos que produzem moléculas importantes para a vida como a conhecemos e só precisávamos do tipo certo de observações para vê-las”, afirmou Andrew Barr, principal autor do estudo e doutorando na Universidade de Leiden, na Holanda.
Formação das estrelas
As estrelas se formam quando grandes nebulosas colapsam, formando um disco giratório de gás e poeira ao redor de um núcleo central.
No caso das estrelas AFGL 2591 e AFGL 2136; cerca de 40 vezes mais massiva que o Sol; Barr descobriu que as regiões internas desses discos são aquecidas de dentro para fora, transformando o gás que envolve a estrela em uma composição totalmente diferente.
Nas mesmas áreas do disco onde os planetas se formam, havia uma sopa química incluindo água, amônia, metano e acetileno, elementos químicos importantes na construção de moléculas orgânicas maiores e mais complexas.
Ao morrer, essas estrelas massivas também espalham essas moléculas pela galáxia, podendo ser incorporadas por novos sistemas estelares.
O Sol, por exemplo, se formou a partir dos restos de uma estrela massiva anterior.
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Portanto, novos estudos de outras estrelas jovens massivas podem aprofundar a nossa compreensão dos processos de criação de moléculas orgânicas.
Conhecer esse processo em estrelas massivas também ajuda a entender como a vida pode ter se formado em planetas ao redor de estrelas pequenas, como é o caso do nosso Sol.
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