Nova técnica permite melhorar a detecção de lixo espacial
Tecnologia inovadora permite calcular órbita de detritos e evitar colisões no espaço.
De acordo com a Agência Espacial Europeia (ESA), existem mais de 130 milhões de objetos com tamanho superior a 1 milímetro na órbita terrestre e que são considerados como lixo espacial. Destes, pelo menos 5,4 mil deles são maiores que 1 metro.
Todo esse lixo é resultado de mais de 60 anos de exploração espacial e inclui partes de foguetes, dejetos de naves espaciais e satélites desativados, orbitando descontroladamente pelo espaço.
Essa quantidade imensa de detritos é uma verdadeira ameaça para as missões espaciais. Mesmo um fragmento milimétrico pode causar danos em satélites, colidir com naves espaciais ou até mesmo perfurar o traje de um astronauta.
A Estação Espacial Internacional (ISS), por exemplo, precisa fazer regularmente várias manobras para desviar de lixo espacial.
Dessa forma, é importante mapear onde estão esses fragmentos se quisermos continuar a explorar o espaço. O problema é que a tarefa não é tão fácil.
O radar pode ser usado para calcular e prever a órbita desses objetos, mas, infelizmente, de apenas uma pequena fração deles, em torno de 20 mil detritos maiores que 10 cm.
Há algum tempo, lasers emitidos a partir da Terra são utilizados para medir a posição desses objetos, fornecendo informações cruciais para evitar colisões no espaço.
O laser bate no objeto e o mesmo é refletido difusamente de volta para Terra, sendo detectado por detectores de fótons. Dependendo do tempo de retorno do feixe de luz é possível calcular a distância do detrito.
A desvantagem dessa técnica é que ela só podia ser utilizada durante as poucas horas do anoitecer ou do amanhecer, quando os raios de Sol iluminam os objetos em órbita. Não era possível encontrar lixo espacial de dia ou durante a noite.
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Nova técnica da ESA
Agora, um novo estudo do Instituto de Pesquisa Espacial (IWF), da Academia Austríaca de Ciências, apontou que seria possível utilizar uma combinação especial de telescópios, detectores e filtros de luz, para aumentar o contraste desses objetos e observá-los até mesmo em plena luz do dia.
Os pesquisadores conseguiram rastrear com sucesso 40 objetos durante o dia utilizando o método.
“Usando essa nova técnica, será possível rastrear objetos anteriormente ‘invisíveis’ que estavam à espreita no céu azul, o que significa que podemos trabalhar o dia todo com alcance de laser para evitar colisões.”, explica Tim Flohrer, chefe do escritório de detritos espaciais da ESA.
A Agência Espacial Europeia está implantando uma nova instalação conhecida como Estação Terrestre Ótica, nas Ilhas Canarias que servirá para fazer testes com o laser.
O desenvolvimento dessa tecnologia é objetivo central do programa de segurança espacial da ESA, o que inclui o estabelecimento de uma rede de estações em terra para detectar lixo espacial.
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