Nanossatélite construído no Brasil completa 2 anos em órbita
Projeto foi desenvolvido no ITA, contou com parceria da AEB e INPE e teve lançamento feito pela SpaceX.
O nanossatélite brasileiro ITASAT-1 está completando neste mês de dezembro dois anos de operação em órbita terrestre, atingindo o dobro de sua vida útil prevista em projeto. Lançado às 16h31 (horário de Brasília) do dia 3 de dezembro de 2018, o ITASAT foi um dos 64 satélites que o foguete Falcon 9, da SpaceX, transportou até a órbita terrestre.
Três horas após o lançamento, estações em terra já captavam os primeiros sinais emitidos pelo nanossatélite brasileiro.
Em 3 de dezembro de 2019, o satélite atingiu um ano de operação, portanto, concluindo a sua missão principal. No entanto, ele continua em operação até hoje.
Projeto educacional do ITA
O ITASAT-1 foi produzido pelo Centro Espacial do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA) e conta com as parcerias da Agência Espacial Brasileira (AEB) e do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE).
O projeto teve o objetivo de ajudar na capacitação de profissionais para o setor aeroespacial.
“O ITASAT é o principal nanossatélite desenvolvido no ITA, com fins educacionais para auxiliar na formação de especialistas na área aeroespacial, abriu portas para novos projetos e parcerias com renomadas instituições nacionais e internacionais. É um grande sucesso”, destacou Anderson Ribeiro Correia, reitor do ITA.
Já Rodrigo Leonardi, coordenador de Satélites e Aplicações da AEB, ressaltou os muitos desafios que foram vencidos.
“A AEB sempre acreditou e apoiou o desenvolvimento desse projeto, que agora serve de legado para futuras missões nacionais e que permitiu a qualificação em nosso País de vários jovens engenheiros. Os meus sinceros votos de parabéns para toda a equipe do ITASAT”, finalizou Leonardi.
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ITASAT, o satélite universitário
O projeto do ITA envolveu a criação de um satélite de cerca de 8kg, com dimensões de 10 x 22,63 x 34,05 cm e que permitisse o teste de cargas úteis no espaço.
Uma das cargas foi um transponder de coleta de dados desenvolvido pelo INPE.
O nanossatélite também foi pensado para futuras missões estratégicas, além de estar de acordo com o código de conduta para redução de lixo espacial.
A comunidade de radioamadores brasileiros também participou, auxiliando na realização de experimentos de comunicação com o ITASAT-1 em órbita.
Pequenos satélites como este tem sido utilizado em operações comerciais para prova de conceito ou tem sido objeto de estudo de grandes agências internacionais, como a NASA e ESA.
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