Planetas como a Terra são mais comuns do que se imaginava
Estudo aponta que podem existir 300 milhões de exoplanetas potencialmente habitáveis na nossa galáxia
Uma nova análise estatística dos dados da sonda Kepler apontou que nossa galáxia pode ter 300 milhões de planetas semelhantes à Terra, em torno de estrelas do mesmo tipo do Sol e, ainda, em zona habitável. Estima-se que 7% das 200 bilhões de estrelas da Via-Láctea sejam anãs da classe G, assim como o nosso Sol.
O novo estudo apontou que cada uma dessas estrelas provavelmente abriga em média entre 0,4 e 0,9 planetas rochosos na zona habitável, o que significa que eles podem manter água líquida em sua superfície.
A equipe de pesquisadores foi liderada por Steve Bryson, do Ames Research Center da NASA, e também teve a participação de integrantes do projeto SETI, que busca civilizações inteligentes na galáxia.
“Esta é a primeira vez que todas as peças foram colocadas juntas para fornecer uma medição confiável do número de planetas potencialmente habitáveis na galáxia”, afirmou o coautor do estudo Jeff Coughlin, pesquisador de exoplanetas do SETI.
Sonda Kepler
Apesar de aposentada há alguns anos, a análise dos dados captados pela sonda da NASA continua.
A Kepler utilizava o método do trânsito, detectando exoplanetas a partir do escurecimento de uma estrela hospedeira, quando seu planeta passava na frente dela. A técnica permitiu descobrir mais de 2.600 exoplanetas, porém, o método permite detectar mais facilmente gigantes gasosos do que planetas do tamanho da Terra.
Ao combinar os dados do Kepler com os da sonda Gaia, da Agência Espacial Europeia (ESA), os astrônomos utilizaram um novo método para estimar os planetas faltantes. Com isso, foi possível projetar que mais da metade das estrelas semelhantes ao Sol podem ter um planeta rochoso em sua zona habitável.
Alguns deles podem estar a poucos anos-luz da Terra.
De acordo com Michelle Kunimoto, do Massachusetts Institute of Technology (MIT) e que também participou do estudo, diz que o número é o mais confiável até o momento, pois a maioria das estimativas anteriores não considerou que os planetas são mais ou menos comuns em torno de estrelas com temperaturas diferentes.
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É válido ressaltar que o número é apenas uma projeção estatística. A pesquisa não determina a localização desses planetas ou qual a fração deles pode ter vida.
Contudo, ele mostra que a partir de uma grande base de dados astronômicos confiáveis é possível prever que planetas rochosos do tamanho da Terra são mais comuns do que o esperado.
O estudo está disponível no arXiv e deverá ser publicado em breve no The Astronomical Journal.
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