Sergipano desenvolveu uma solução para ensinar astronomia para crianças com deficiência visual.

O analista de tecnologia da informação Aurélio Barreto acaba de ser classificado para a etapa mundial do desafio Space Apps Challenge, promovido pela NASA. Ele trabalha na Embrapa Tabuleiros Costeiros, em Aracaju, no estado de Sergipe. O desafio da NASA é considerado o maior hackathon (termo usado para maratonas de desenvolvimento de apps e software) do mundo.

Dividido em várias categorias, o objetivo é que equipes participem de desafios de diferentes áreas, como engenharia aeroespacial, novos materiais, inteligência artificial, energias limpas, saúde, entre outros.

Na competição, equipes de dois a seis membros têm 48 horas para desenvolver as soluções de cada área.

Space4blinds

Para participar do desafio, Aurélio juntou-se à estudante baiana Ana Lima Benta, de 19 anos, do curso de eletrotécnica do Instituto Federal da Bahia (IFBA).

Batizado de space4blinds, o projeto dele consiste em desenvolver um conjunto de ferramentas pedagógicas para auxiliar no ensino da astronomia para crianças com deficiência visual. A ideia é utilizar corpos espaciais táteis produzidos em impressoras 3D, conforme o vídeo de demonstração abaixo.

A capital Salvador/BA foi escolhida para ser a cidade-sede do projeto, visto que ela foi a que mais submeteu projetos para o hackathon, sendo 48 no total.

O projeto space4blinds foi um dos onze selecionados na primeira etapa nacional, e um dos três projetos brasileiros escolhidos para a etapa mundial.

A escolha foi feita por um júri composto por membros da Agência Espacial Brasileira (AEB), especialistas de diversas áreas, assim como a vencedora do hackathon do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), dos Estados Unidos, a brasiliense Luana Dantas.

Os vencedores dessa etapa foram contemplados com pacote de hospedagem em um resort no litoral baiano.

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Independentemente do resultado, Aurélio afirma que pretende dar palestras voluntárias em escolas do Sergipe para contar a experiência de participar do desafio, além de estimular que mais brasileiros participem da competição.

“Para mim, a educação é o melhor caminho para o crescimento pessoal, pois depende apenas de si mesmo para evoluir. Estou disposto, inclusive, a coordenar os times de Sergipe, para que possamos ter a possibilidade de mais conterrâneos na NASA e em outras instituições internacionais de alto nível”, afirma Barreto.

Agora, na etapa internacional, os projetos selecionados passarão por uma avaliação por técnicos da NASA, que escolherão os dez melhores projetos do mundo.

Os vencedores serão convidados para apresentar a solução presencialmente na NASA, além da possibilidade de assistir ao lançamento de uma missão espacial no Centro Espacial John F. Kennedy, na Flórida, nos Estados Unidos.

Fonte: Assessoria de Imprensa Embrapa

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