Astrônomos encontram exoplaneta raro no centro da galáxia
Objeto tem semelhanças intrigantes com a Terra.
Astrônomos da Universidade de Canterbury, da Nova Zelândia, anunciaram a descoberta de uma Superterra que tem uma órbita semelhante ao do nosso planeta. O exoplaneta OGLE-2018-BLG-0677L b está situado a cerca de 25 mil anos-luz da Terra, orbitando uma estrela pequena — provavelmente uma anã marrom —, próximo ao centro da Via-Láctea.
A descoberta chama a atenção pelo objeto ter algumas semelhanças intrigantes com o nosso planeta. O exoplaneta tem em torno de quatro vezes a massa da Terra e um ano no planeta dura aproximadamente 617 dias terrestres.
A distância de sua estrela também é comparável com aquela encontrada entre as órbitas de Terra e Vênus ao redor do nosso Sol.
Isso faz dele um dos poucos astros que foram descobertos com tamanho e órbita comparáveis aos da Terra. Normalmente, a maioria dos exoplanetas descobertos são encontrados em órbitas muito próximas de suas estrelas, apresentando períodos de translação de apenas poucos dias terrestres.
Descoberta por acaso
O estudo foi publicado no The Astronomical Journal. O exoplaneta foi encontrado por acaso, enquanto astrônomos estudavam uma estrela utilizando o método da microlente gravitacional.
Nesta técnica, os cientistas dependem do fato de que objetos maciços distorcem o espaço ao seu redor. Quando um telescópio, um objeto maciço e um alvo se alinham da maneira correta, o objeto maciço distorce a luz emitida pelo alvo, ampliando-a.
Este é um evento muito incomum, ocorrendo em uma a cada um milhão de estrelas. A probabilidade de encontrar um planeta com essa técnica é extremamente baixa.
“Para se ter uma ideia da raridade da detecção, o tempo necessário para observar a ampliação da estrela hospedeira foi de aproximadamente cinco dias, enquanto o planeta foi detectado apenas durante uma pequena distorção de cinco horas” afirmou Antonio Herrera Martin, um dos autores do artigo.
Para encontrar o astro, os pesquisadores combinaram observações do Optical Gravitational Lensing Experiment, instalado na Polônia; e o Korea Microlensing Telescope Network, um trio de instrumentos localizados no Chile, África do Sul e Austrália.
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