Astrônomos descobrem manchas magnéticas gigantes em estrelas
Algumas delas também apresentam eventos de super-erupções de energia.
A partir de dados coletados pelos telescópios do Observatório Europeu do Sul (ESO), pesquisadores encontraram manchas magnéticas gigantes na superfície de estrelas extremamente quentes, escondidas em aglomerados estelares.
Os astrônomos também descobriram que essas estrelas apresentam explosões de energia dez milhões de vezes mais energéticas do que ocorre normalmente no Sol. Tal comportamento não era esperado nesse tipo de estrelas.
Os astros em questão são as estrelas do ramo horizontal extremo, estrelas com cerca de metade da massa do Sol, mas quatro ou cinco vezes mais quentes.
Geralmente, esses objetos quentes são associados à presença de uma estrela companheira próxima. Entretanto, quando estão em grupos estelares muito compactos, chamados aglomerados globulares, parece que as mesmas não tem companheiras.
Ao analisar três aglomerados globulares diferentes, a equipe liderada por Yazan Momany, do INAF Observatório Astronômico de Pádua, situado na Itália, descobriu que muitas dessas estrelas têm variações regulares no seu brilho durante um espaço de tempo de apenas alguns dias até várias semanas.
Acredita-se que essa variação no brilho pode ser causada por gigantescas manchas geradas por campos magnéticos. Diferentemente das manchas no Sol que são pequenas e escuras, as manchas de estrelas quentes são brilhantes e podem cobrir até um quarto da superfície.
Conforme as estrelas quentes giram, as manchas nas suas superfícies vem e vão, causando variações visíveis no brilho.
As explosões repentinas de energia observadas também deonatam a presença de campos magnéticos.
O estudo ajuda a explicar as propriedades e evolução das estrelas, além de entender a origem dos fortes campos magnéticos desses objetos.
A descoberta foi publicada na edição desta segunda-feira, 1, da revista Nature Astronomy.
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