Em carta, executivo diz que cometeu um ‘erro’, uma semana antes de viagem espacial histórica.

Na próxima quarta-feira, 27, os Estados Unidos pretendem retomar as suas missões tripuladas ao espaço, com o lançamento da cápsula Crew Dragon, pela empresa privada SpaceX.

Entretanto, em meio aos preparativos da decolagem, Douglas Loverro, chefe do escritório de voos espaciais humanos da NASA, decidiu renunciar ao seu cargo, soando um alarme no governo americano de que um escândalo poderia atrapalhar a missão espacial histórica.

O motivo da demissão repentina não foi revelado, porém, em carta, Douglas diz que saiu “com um coração muito, muito pesado” depois de cometer um “erro” durante seus sete meses na agência espacial.

“Os riscos que assumimos, sejam eles técnicos, políticos ou pessoais, têm consequências em potencial se os julgamos incorretamente. Assumi esse risco no início do ano porque julgava necessário cumprir nossa missão. Agora, no restante do tempo, é claro que cometi um erro nessa escolha, pela qual só eu devo suportar as consequências” diz o documento.

Loverro insistiu que não foi demitido por Jim Bridenstine, atual administrador da NASA, nem que existem problemas de segurança na viagem tripulada da próxima semana. No entanto, ele se recusou a oferecer mais detalhes sobre o seu “erro”.

O executivo assumiu o cargo em outubro do ano passado, substituindo o seu antecessor, William Gerstenmaier, que trabalhou na agência durante 15 anos.

Jim elogiou o trabalho de Douglas, afirmando que ele “nos aproximou do objetivo de conseguir a primeira mulher e o próximo homem na Lua em 2024”.

Não está claro se a demissão afetará a viagem da Crew Dragon.

Para o cargo vago, um dos nomes indicados é o do Ken Bowersox, um ex-astronauta que viajou para o espaço seis vezes e agora é o vice-administrador associado no escritório de voos espaciais humanos.

O lançamento daqui a 7 dias em direção à Estação Espacial Internacional (ISS) é a primeira desde a aposentadoria dos ônibus espaciais, em 2011. Nesse meio tempo, os astronautas americanos dependiam de foguetes russos para ter acesso ao espaço.

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