Parecidos com a Terra, quantos planetas existem no Universo?
Astrofísico sueco estimou quantos exoplanetas terrestres podem existir no Cosmos. Planetas iguais à Terra parecem ser uma raridade.
Segundo estimativas atuais, nosso Universo observável deve ter em torno de 100 bilhões de galáxias, cada uma contendo entre um bilhão e alguns trilhões de estrelas – somando algo em torno de 70 sextilhões de estrelas. Entretanto, a pergunta que fica é: quantos planetas existem no Universo que são rochosos e com tamanho parecido com a Terra?
Até o momento, astrônomos já confirmaram a existência de mais de 4.800 exoplanetas em cerca de 3.700 sistemas estelares, o que demonstra que a existência de planetas é algo comum. Entretanto, a maioria desses corpos são gasosos, não necessariamente porque eles são a maioria no Universo, mas que, por enquanto, nossa tecnologia atual só permite descobrir mais facilmente os exoplanetas gigantes.
Vale lembrar que o Sol tem quatro planetas terrestres ao seu redor, mas isso não significa necessariamente que o nosso Sistema Solar seja um modelo estatístico confiável para todo o Universo. Por enquanto, apenas 186 planetas terrestres com tamanho próximo de Mercúrio, Vênus, Terra e Marte foram descobertos.
Apesar dessa falta de dados, o astrofísico Erik Zackrisson, da Universidade de Uppsala, na Suécia, tentou fazer uma estimativa da quantidade de planetas terrestres no Universo por meio de um modelo de computador.
Após simular a evolução do Universo desde o Big Bang – aplicando a nossa compreensão atual do Cosmos e das leis da física – a estimativa do cientista sueco é que existe um total de 20 quintilhões de exoplanetas terrestres ao redor de estrelas do tipo solar e até 700 quintilhões de planetas em torno de estrelas do tipo anã.
Para se ter uma ideia dessa grandeza, 700 quintilhões é o número 7 seguido de 20 zeros. Como comparação, estima-se que existam 7 quintilhões de grãos de areia na Terra. Ou seja, existem 100 vezes mais exoplanetas terrestres no Universo do que grãos de areia em nosso planeta. Ainda assim, há mais moléculas de água em um copo que o número de todos os planetas estimados pelo astrofísico sueco.
O estudo foi submetido ao The Astrophysical Journal e está disponível no arXiv.
Planetas iguais à Terra?
O número salta aos olhos de quem acredita na existência de vida fora da Terra. Entretanto, o mesmo estudo aponta que planetas como a Terra, localizados em zonas habitáveis, devem ser raros. O astrofísico vai além e afirma que, sob o ponto de vista estatístico, a Terra nem deveria existir.
A maioria dos planetas gerados pelo modelo computacional são extremamente diferentes da Terra. Eles são geralmente maiores, mais velhos e muito improváveis de suportar a vida devido à sua órbita em torno de suas estrelas-mãe. É claro, isso não significa que isso seja o fim da questão.
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O modelo calculou exoplanetas com base apenas nos que descobrimos até agora, que é um tamanho de amostra extremamente pequeno e que provavelmente não fornece uma visão representativa de todos os planetas existentes do Universo.
“Certamente há muitas incertezas em um cálculo como este. Nosso conhecimento de todas essas peças é imperfeito”, disse Andrew Benson, coautor do estudo à Scientific American.
A única certeza que temos agora é que Giordano Bruno estava certo. Ainda no século 16, ele já propunha que o Universo era formado por estrelas acompanhadas de seus próprios planetas. Infelizmente, ele foi julgado e queimado na fogueira pela igreja por acreditar nessa multiplicidade de mundos.
Resta saber se Bruno também estava certo sobre a existência de vida nesses planetas.
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