Europa pode brilhar no escuro, dizem cientistas da NASA
Nova pesquisa permite estudar a composição da lua de Júpiter e a sua capacidade de sustentar a vida.
Cientistas do Laboratório de Propulsão a Jato da NASA acabam de publicar um novo estudo no qual afirmam que Europa, lua de Júpiter, pode brilhar no escuro. De acordo com os pesquisadores, esse brilho seria gerado pela interação da radiação de alta energia de Júpiter com os elementos que compõe a superfície da lua.
A descoberta não foi nenhuma surpresa. Os cientistas já sabiam que quando a radiação penetra em moléculas elas acabam liberando energia na forma de luz visível.
O trabalho dos pesquisadores da NASA foi construir um experimento que permite analisar como compostos reagem de maneira diferente à radiação e emitem seu próprio brilho.
Europa é toda coberta de gelo, mas acredita-se que exista um gigantesco oceano subterrâneo de água líquida, que poderia se infiltrar até a superfície e revelar a sua composição.
A olho nu, o lado do satélite não iluminado pelo Sol poderia brilhar em verde, azul ou branco, em diferentes graus, dependendo do material atingido pela radiação. Estudar essas variações de brilho poderia indicar os materiais do oceano interno de Europa e até mesmo a possibilidade de existência de vida.
Utilizando um espectrômetro, seria possível separar a luz em diferentes comprimentos de onda e analisar as distantes “assinaturas” das diferentes composições de gelo em Europa.
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Europa Clipper
A NASA pretende lançar nesta década a sonda Europa Clipper na direção de Júpiter, que deverá realizar vários sobrevoos sobre Europa.
Os cientistas da missão estão avaliando se os instrumentos da sonda serão capazes de avaliar o brilho de Europa para identificar os componentes salgados na superfície da lua.
Apesar de não ser uma sonda desenhada para procurar por vida, a Europa Clipper poderá contribuir com as pesquisas na área da astrobiologia, analisando as condições em mundos distantes que poderiam suportar formas biológicas como a conhecemos.
O novo estudo foi publicado na Nature Astronomy.
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