Ganimedes pode ter sofrido um grande impacto no passado

Astrônomos descobriram evidências da maior cratera do Sistema Solar.

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Ganimedes fotografado pela sonda Galileo, em 1996. Imagem: NASA/JPL

Pesquisadores da Universidade de Kobe e do Instituto Nacional de Tecnologia de Oshima College, no Japão, descobriram uma enorme estrutura em forma de anel na superfície da lua de Júpiter, Ganimedes. A formação pode ter sido causada por um violento impacto de um asteroide.

A pesquisa foi realizada a partir de imagens captadas pelas sondas Galileo e as gêmeas Voyager 1 e 2. O objetivo do estudo era investigar a orientação e distribuição dos antigos vales tectônicos encontrados em Ganimedes.

Os astrônomos acabaram descobrindo que as depressões estavam distribuídas de forma concêntrica por toda a superfície, alinhados e centralizados em um único ponto, o que indica possivelmente uma cratera gigante cobrindo o satélite.

Segundo simulações, há cerca de 4 bilhões de anos um asteroide de 150 km de raio se chocou contra Ganimedes a uma velocidade de 20 km/s, criando uma cratera 7.800 km de raio. Se confirmado, esta é a maior formação de impacto vestigial descoberta no Sistema Solar.

Até agora, a Cratera Valhalla, em Calisto, outra lua de Júpiter, é considerada a maior cratera descoberta no Sistema Solar, com um raio de 1.900 km.

Ganimedes é a maior lua do Sistema Solar, sendo, até mesmo, maior que Mercúrio e Plutão.

O artigo para este estudo foi publicado na Icarus.

A descoberta ajudará no planejamento de missões futuras que devem explorar os satélites de Júpiter.

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Sobre o Autor

Hemerson Brandão
Hemerson Brandão

Hemerson é editor, repórter e copywriter, escrevendo sobre espaço, tecnologia e, às vezes, sobre outros temas da cultura nerd. Grande entusiasta da astronomia, também é interessado em exploração espacial e fã de Star Trek.