Franquia é conhecida por celebrar a diversidade e a inclusão.

Pela primeira vez, desde a sua estreia em 1966, a franquia “Star Trek” (“Jornada nas Estrelas”, em inglês) contará com seus primeiros personagens transgêneros e não binários no elenco da série. O anúncio foi feito na última semana pela CBS All Access. A terceira temporada de “Star Trek: Discovery”, com estreia marcada para 15 de outubro de 2020, contará com a presença dos atores não binários Blu del Barrio e Ian Alexander interpretando os personagens transgêneros.

Segundo a CBS, Blu fará o papel de Adira, altamente inteligente, com uma autoconfiança muito além da sua idade, e que formará um vínculo inesperado com o Tenente Comandante Paul Stamets (Anthony Rapp) e o Dr. Hugh Culber (Wilson Cruz).

Já Gray (interpretado por Ian), é empático, caloroso e ansioso para realizar seu sonho de se tornar um hospedeiro trill, mas ele terá que se adaptar quando sua vida der uma reviravolta inesperada.

Eles são os primeiros transexuais asiático-americanos a atuar na televisão. Eles também defendem a igualdade entre os transgêneros, a justiça racial e a conscientização sobre a saúde mental para jovens LGBTQ+.

Diversidade na franquia Star Trek

Esta não é a primeira vez que Star Trek aborda a temática LGBTI+.

Em “The Outcast” (“O Excluído”), da 5º temporada de “Star Trek: A Nova Geração“, o comandante William Riker se apaixona por Soren, um membro da J’naii, uma civilização andrógina que vê a expressão de qualquer tipo de gênero masculino ou feminino como inaceitável.

Em “Rejoined” (“Vidas passadas”), da quarta temporada de “Star Trek: Deep Space Nine“, a Tenente Comandante Jadzia Dax se reencontra com o simbionte Kahn, esposa de um de seus anfitriões anteriores. Um novo relacionamento entre elas é considerado um tabu entre os Trills, uma alusão à homofobia na Terra atual. O episódio mostra o primeiro beijo lésbico da franquia.

Vale lembrar que Paul Stamets e Hugh Culber, do elenco principal de “Star Trek: Discovery”, são casados e também já trocaram beijos em cena.

Já no filme “Star Trek: Sem Fronteiras” (2016) é sugerido que o personagem Hikaru Sulu é gay, está em um relacionamento homoafetivo e casal tem uma filha.

“Star Trek sempre fez uma missão de dar visibilidade às comunidades sub-representadas porque acredita em mostrar às pessoas que um futuro sem divisão com base em raça, gênero, identidade de gênero ou orientação sexual está inteiramente ao nosso alcance”, disse Michelle Paradise, co-showrunner e produtor executivo de Star Trek: Discovery.

As duas primeiras temporadas de Star Trek Discovery estão disponíveis na Netflix.

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