Rússia lança com sucesso missão de abastecimento

Nave atracou na ISS em apenas 3 horas após a decolagem.

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Lançamento do foguete Soyuz 2.1a a partir do Cazaquistão. Imagem: Roscosmos

Nesta sexta-feira, 24, a Agência Espacial Federal Russa (Roscosmos) lançou com sucesso o foguete Soyuz-2.1a, levando consigo a nave não tripulada Progress MS-14, com suprimentos para a Estação Espacial Internacional (ISS).

A decolagem ocorreu às 22h51 (horário de Brasília), a partir do Cosmódromo de Baikonur, no Cazaquistão, e após 3 horas e 21 minutos de voo a Progress MS-14 acoplou automaticamente na ISS. O procedimento foi acompanhado por especialistas da Roscosmos, bem como tripulantes russos a bordo da estação espacial.

A carga útil foi encapsulada em 18 de abril. A nave transportava 650 kg de combustível e 46 kg de gases comprimidos, além de 1,35 toneladas de suprimentos diversos, como água, alimentos, medicamentos e materiais de higiene para tripulantes, bem como equipamentos e experimentos científicos.

Este é o segundo lançamento da Rússia deste mês em direção à ISS, o primeiro do ano com uma nave de abastecimento.

O Soyuz-2.1a recebeu o nome de “Foguete da Vitória” como parte das comemorações da Rússia pelo 75º aniversário da vitória soviética sobre as forças nazistas, no final da Segunda Guerra Mundial, em maio de 1945.

Este foi o 103º voo do foguete Soyuz 2 e o 45º voo da variante 2.1a, lançada em 2004.

Há duas semanas, o Soyuz 2.1a levou três astronautas para a ISS, sendo a primeira vez que essa variante de foguete voou com pessoas a bordo.

Atualmente, a tripulalação da ISS é composta por três pessoas, sendo o astronauta Chris Cassidy, e os cosmonautas Anatoly Ivanishin e Ivan Vagner. Eles estão há 16 dias no espaço.

Para 2020, a Roscosmos optou por reduzir o número de lançamentos da Soyuz – de duas para apenas uma vez por semestre -, o que fez a tripulação da ISS passar de seis para apenas 3 astronautas.

A NASA ainda depende da Rússia para ter acesso à Estação Espacial. Desde o encerramento do programa de ônibus espaciais, a agência espacial dos Estados Unidos está desenvolvendo a sua nova geração de foguetes e naves tripuladas.

Os EUA aguardam a construção das capsulas Crew Dragon e Starliner, construídas pelas empresas privadas SpaceX e Boeing, respectivamente. Entretanto, os projetos estão atrasados há dois anos.

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Sobre o Autor

Hemerson Brandão
Hemerson Brandão

Hemerson é editor, repórter e copywriter, escrevendo sobre espaço, tecnologia e, às vezes, sobre outros temas da cultura nerd. Grande entusiasta da astronomia, também é interessado em exploração espacial e fã de Star Trek.