Voo do bilionário Richard Branson ao espaço quase terminou mal
Luz vermelha de advertência apareceu no console da nave durante o voo espacial. Agência de aviação americana investiga o incidente.
No último dia 11 de julho, o bilionário britânico Richard Branson fez história ao se tornar o primeiro bilionário a voar ao espaço com uma nave construída por sua própria empresa, a Virgin Galactic. Apesar de pousar em segurança, o voo espacial não pode ser considerado um completo sucesso.
Um jornal americano teve acesso a um relatório no qual oito funcionários não identificados da empresa revelaram que um luz amarela, de advertência, apareceu no console da espaçonave enquanto ela estava a cerca de 32 km acima do chão, cerca de um minuto após o ínicio da queima do foguete. O alerta indicava que eles estavam saindo fora do curso planejado e que o ângulo da nave não era vertical o suficiente.
Caso o problema não fosse consertado, os pilotos deveriam arriscar uma aterrissagem de emergência perigosa no deserto do Novo México durante a descida.
Segundos antes do término da queima do motor, uma outra luz de advertência apareceu no console, desta vez vermelha. Ela indicava que a trajetória da nave estava saindo para fora do espaço área obrigatório, aumentando as chances de um pouso de emergência ou até mesmo o risco de colidir com um avião durante o retorno ao solo.
O relatório aponta que a nave desviou da trajetória autorizada pelo controle de tráfego aéreo por 1 minuto e 41 segundos. Fontes que trabalham na empresa disseram que o procedimento mais seguro neste caso seria abortar a missão, desligar os motores e retornar à Terra antes de atingir a altitude máxima planejada, mas a missão continuou mesmo assim.
Felizmente, os pilotos da VSS Unity conseguiram contornar o problema, levar os passageiros ao espaço e pousar suavemente no Novo México, nos Estados Unidos.
A Administração Federal de Aviação (FAA), dos Estados Unidos, está investigando o incidente.
Turismo Espacial
Este voo foi o primeiro que a SpaceShipTwo fez carregando uma tripulação completa de passageiros ao espaço. A Virgin Galactic pretende vender passeios suborbitais para turistas espaciais, mas, por enquanto, as viagens continuam sendo classificadas como testes de voo experimental.
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Diferentemente das rivais SpaceX e Blue Origin, que utilizam foguetes, a Virgin Galactic utiliza um avião-foguete (VSS Unity) acoplado a uma outra aeronave (VMS Eve), que decola de uma pista convencional, como qualquer outro avião comum. Após alcançar uma determinada altitude, a espaçonave se desprende da VMS Eve e aciona um foguete que a leva ao espaço.
Durante o voo suborbital, os ocupantes da VSS Unity pode apreciar a curvatura da Terra e experimentar a ausência de peso durante quatro minutos.
Hoje, a passagem para este passeio está saindo por US$ 450 mil (R$ 2,3 milhões na cotação atual do dólar).
A empresa de Richard Branson pretende lançar uma nova missão no final de setembro, desta vez transportando uma tripulação da Força Aérea Italiana.
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