Explosão de estrela será visível do Brasil a qualquer momento, diz NASA

Agência espacial prevê que explosão de estrela do tipo nova será visível a olho nu. Confira como observar.

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Ilustração de uma explosão estelar. Imagem: NASA

A explosão de uma estrela do tipo Nova deve adicionar em breve um novo (e temporário) astro no céu. Pelo menos, é o que prevê a NASA. De acordo com a agência espacial, o fenômeno será visível sem telescópios e ocorrerá a qualquer momento, até o próximo mês de setembro de 2024.

O fenômeno explosivo ocorrerá no sistema binário T Coronae Borealis (ou T CrB), localizado a 3 mil anos-luz de distância do Sistema Solar, na direção da constelação de Coroa Boreal. O sistema é formado por duas estrelas próximas, sendo uma gigante vermelha e a outra uma anã branca. 

Conforme a estrela gigante ejeta as suas camadas exteriores, a anã vem recolhendo o material em sua superfície. Porém, a atmosfera rasa e densa da anã branca eventualmente aquece o material o suficiente para causar uma reação termonuclear descontrolada. Isso acaba por produzir a Nova que veremos da Terra a qualquer momento.

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Animação ilustra a explosão que deve ocorrer no sistema T CrB. Imagem: NASA/Goddard Space Flight Center

No caso do sistema de T CrB, essas explosões ocorrem de forma recorrente, em uma escala de tempo regular, a cada cerca de 80 anos. Outras estrelas fazem algo semelhante, mas não é comum em uma escala de tempo tão curta. A última vez que o sistema de T CrB presenciou uma explosão foi em 1946. Antes, o fenômeno também foi visto em 1866 e em 1787. 

Além disso, há evidências de que o fenômeno pode ter sido observado por um abade alemão no ano de 1217. Caso confirmado, este pode ser o registro mais antigo de uma explosão de uma Nova.

Como observar 

Sinais recentes apontam que uma nova explosão é iminente. Em 2015, a estrela começou a ficar mais brilhante, antes de um escurecimento em março de 2023. Esse mesmo padrão já aconteceu em explosões anteriores.

No Brasil, a constelação de Coroa Boreal é atualmente visível logo após o anoitecer, na direção do horizonte nordeste. Veja na imagem abaixo:

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Vista do horizonte nordeste às 21h, com o sistema T CrB marcado no alvo laranja. Imagem: Stellarium

Normalmente, o sistema de T CrB possui magnitude +10, o que é muito escuro para ser visível sem telescópios. Porém, após a explosão, é estimado que o brilho suba para +2 – o suficiente para ver a olho nu. A título de comparação, a estrela Saiph – o “pé esquerdo” da constelação de Órion – tem brilho +2 de magnitude. 

Quanto atingir o pico, o brilho será visível a olho nu por vários dias. Posteriormente, será necessário o uso de binóculos para ver o sistema por mais alguns dias.

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Sobre o Autor

Hemerson Brandão
Hemerson Brandão

Hemerson é editor, repórter e copywriter, escrevendo sobre espaço, tecnologia e, às vezes, sobre outros temas da cultura nerd. Grande entusiasta da astronomia, também é interessado em exploração espacial e fã de Star Trek.