Agência Espacial Brasileira espera que acordo bilateral com os EUA seja assinado ainda em 2020.

Procurada pelo Futuro Astrônomo, a Agência Espacial Brasileira (AEB) afirmou em nota que recebeu com “entusiasmo e satisfação” o convite do governo dos Estados Unidos para que o Brasil assine os “Acordos de Artemis”.

De acordo com a AEB, desde outubro de 2019, o Brasil já vinha realizando reuniões com a NASA, buscando identificar formas para que o país possa contribuir em missões espaciais, como é o caso do programa Artemis, que pretende retomar os voos tripulados para a Lua e, futuramente, Marte.

O Brasil já conta com várias capacitações tecnológicas no setor espacial. Centros de pesquisa, indústrias e universidades possuem soluções, inclusive, já qualificadas em voo, como, por exemplo, o desenvolvimento de painéis solares e câmeras óticas.

O país também possui polos tecnológicos em áreas do conhecimento essenciais à produção de novos recursos espaciais, como os pretendidos no programa Artemis.

É válido ressaltar que o Brasil já possui parceria com a NASA para o desenvolvimento do satélite Short-term Prediction Research and Transition Center (SPoRT), que terá a missão de estudar a ionosfera terrestre e o clima espacial.

Acordos de Artemis

Após o convite do Conselheiro de Segurança Nacional dos Estados Unidos, Robert C. O’Brien, durante visita ao Brasil na última semana, a AEB ainda aguarda que o governo norte-americano encaminhe para o Itamaraty uma proposta do acordo, nos moldes do texto do “Acordos de Artemis” divulgado pela NASA durante o 71º Congresso Internacional de Astronáutica, neste mês de outubro.

A Agência Espacial Brasileira diz que está em contato com o Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI) e o Ministério de Relações Exteriores, acompanhando as tratativas sobre o assunto e trabalhando para que o Brasil seja o próximo país a aderir ao acordo.

A AEB espera que o acordo seja assinado ainda em 2020.

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Atualmente, sete países, além dos EUA, já assinaram o “Acordos de Artemis”. São eles: Austrália, Canadá, Itália, Japão, Luxemburgo, Emirados Árabes e Reino Unido.

O acordo é uma espécie de “tratado espacial”, que busca promover parcerias entre países na exploração espacial e atividades comerciais em futuras missões tripuladas no espaço profundo.

O Brasil é o primeiro país da América Latina a ser convidado para assinar o acordo bilateral.

“O convite é um reconhecimento de que o povo brasileiro pode contribuir para o desenvolvimento tecnológico em prol da humanidade, a partir do Espaço”, afirmou a AEB em nota.

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