NASA decide estender por mais 5 anos a missão do Hubble

Telescópio espacial está em operação há quase 32 anos.

Foto do Telescópio Espacial Hubble em órbita.
Foto do Telescópio Espacial Hubble em órbita. Crédito: NASA

Apesar dos problemas que o famoso Telescópio Espacial Hubble enfrenta nas últimas semanas, a NASA e a Agência Espacial Europeia (ESA) decidiram ampliar o contrato de operações científicas do instrumento. Agora, o telescópio deverá trabalhar até pelo menos 30 de junho de 2026.

Com essa extensão, o contrato existente receberá mais US$ 215 milhões (R$ 1,2 bilhão na cotação atual do dólar), chegando ao valor total de cerca de US$ 2,4 bilhões (R$ 13,3 bilhões).

Esse valor será utilizado para custear o programa de ciências do Hubble, incluindo os serviços necessários para fazer o telescópio funcionar, suporte ao arquivo de dados da missão, operações científicas, gestão de pesquisas e apoio da divulgação pública da ciência.

O telescópio espacial está no espaço desde 1990 e proporcionou descobertas sobre o Universo, as galáxias distantes, assim como os planetas do Sistema Solar.

“O Hubble, com suas belas imagens e uma série de décadas de novas descobertas sobre o nosso universo, capturou a imaginação de incontáveis ​​indivíduos e inspirou muitos”, disse Thomas Zurbuchen, administrador associado do Diretório de Missão Científica da NASA.

Hubble em modo de segurança

No dia 25 de outubro de 2021, o Hubble suspendeu as observações astronômicas e entrou em modo de segurança por conta de um problema complexo de sincronização de dados.

O software colocou o observatório em uma espécie de hibernação eletrônica, interrompendo todas as operações, exceto as essenciais, para dar tempo aos engenheiros descobrirem o que causou o problema.

No último dia 7 de novembro, a câmera avançada de pesquisa retomou as observações, mas os outros instrumentos do telescópio espacial continuam em modo de segurança.

A equipe de engenheiros do Hubble ainda está analisando soluções possíveis e espera começar a definir a ordem de recuperação na próxima semana. O trabalho ainda pode demorar várias semanas para ser concluído.

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“Os especialistas da missão estão trabalhando duro para descobrir como trazer os outros instrumentos de volta à operação total. Esperamos que a espaçonave tenha muitos anos de ciência pela frente e trabalhe em conjunto com o Telescópio Espacial James Webb, com lançamento no final deste ano [previsto para 18 de dezembro]”, afirmou Zurbuchen.

Enquanto o Hubble observa comprimentos de onda visíveis de luz com extensões em ultravioleta e infravermelho-próximo, Webb verá o cosmos exclusivamente na parte infravermelha do espectro eletromagnético.

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Sobre o Autor

Hemerson Brandão

Hemerson é jornalista, escreve sobre espaço, tecnologia e, às vezes, sobre outros temas da cultura nerd. Ele também é grande entusiasta de astronomia, interessado em exploração espacial e fã de Star Trek.