Qual a idade do universo? Pesquisadores confirmam medições do Plank

Hemerson Brandão 05/01/2021

Novo estudo sugere que o Universo tem 13,77 bilhões de anos.

Foto do Telescópio Espacial Hubble mostra as primeiras galáxias que se formaram no Universo. Crédito: ESA / NASA

Utilizando dados do Atacama Cosmology Telescope (ACT), instalado no Chile, pesquisadores sugerem que o Universo tem 13,77 bilhões de anos, com margem de 40 milhões de anos para mais ou para menos.

A nova estimativa coincide com a fornecida pelo modelo padrão do universo, assim como observações feitas pelo satélite Planck, da Agência Espacial Europeia (ESA), de que o Big Bang ocorreu há cerca de 13,8 bilhões de anos.

Em 2019, outro estudo chegou a sugerir que o Universo era centenas de milhões de anos mais jovem, o que gerou a preocupação de que os modelos de medições poderiam estar errados.

A mais recente pesquisa também sugere uma constante de Hubble de 67,6 quilômetros por segundo por megaparsec. Isso significa que um objeto a 1 megaparsec (cerca de 3,26 milhões de anos-luz) da Terra está se afastando de nós a 67,6 quilômetros por segundo devido à expansão do Universo.

Este número é muito próximo dos 67,4 quilômetros por segundo por megaparsec calculados pela equipe do satélite Planck. Isso é importante, pois mostra que duas medições cósmicas independentes chegaram a um resultado parecido.

“Agora chegamos a uma resposta em que Planck e ACT concordam. Isso mostra o fato de que essas medições difíceis são confiáveis”, disse Simone Aiola, pesquisadora do Flatiron Institute’s Center for Computational Astrophysics.

Porém, o número é mais lento do que outra medição, os 74 quilômetros por segundo por megaparsec inferidos das medidas de galáxias.

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Essa discrepância pode indicar que algo está faltando no modelo cosmológico ou as medições podem estar erradas.

Por outro lado, os cientistas podem estar à beira de uma nova descoberta na cosmologia.

Estimar a idade do Universo ajuda os cientistas a entender como ocorreu o Big Bang, qual o ritmo de expansão do Cosmos, bem como prever o futuro do Universo.

O novo estudo foi publicado no Journal of Cosmology and Astroparticle Physics.

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