Astrônomos encontram um dos planetas mais antigos da Via-Láctea
Exoplaneta rochoso é 50% maior e três vezes mais massivo do que a Terra.
Astrônomos acabam de anunciar a descoberta de um exoplaneta rochoso, cerca de 50% maior e três vezes mais massivo que a Terra, ao redor da estrela TOI-561. Entretanto, o que chamou a atenção dos pesquisadores é a ausência de elementos pesados no sistema planetário, o que pode indicar que o planeta pode ser um dos mais velhos da nossa galáxia.
Geralmente, planetas rochosos recém-formados possuem elementos pesados, como ferro e magnésio, que são produzidos por reações de fusão no interior de estrelas massivas.
Esses elementos são expelidos durante explosões de supernovas e vão se espalhando pela galáxia com o passar do tempo. Eventualmente, eles acabam entrando na composição de novos sistemas estelares.
De acordo com Lauren Weiss, pós-doutoranda na Universidade do Havaí e principal autora do estudo, TOI-561 faz parte de uma rara população de estrelas conhecidas por ter menos elementos pesados do que outras estrelas típicas da Via-Láctea.
A baixa densidade do planeta sugere que ele tem relativamente poucos elementos pesados, portanto, é muito antigo, sendo formado talvez há 10 bilhões de anos.
Para comparação, o Sistema Solar tem menos da metade desta idade, cerca de 4,6 bilhões de anos.
“Isso é surpreendente porque você esperaria que a densidade fosse maior… Isso é consistente com a noção de que o planeta é extremamente antigo”, afirmou o astrofísico Stephen Kane, coautor do estudo.
“Sua existência mostra que o universo vem formando planetas rochosos quase desde seu início, há 14 bilhões de anos”, disse Weiss.
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O exoplaneta, batizado como TOI-561b, gira em torno de sua estrela hospedeira em uma órbita muito próxima, levando menos de 12 horas para completar uma volta.
Com essa proximidade, estima-se que o planeta tenha uma temperatura média na superfície de 1.726 °C, quente demais para hospedar qualquer forma de vida como a conhecemos.
O sistema planetário está localizado a cerca de 280 anos-luz da Terra e abriga dois outros exoplanetas conhecidos. Entretanto, eles são muito grandes e não são densos o suficiente para serem rochosos como o TOI-561b.
O estudo foi publicado nesta segunda-feira, 11, no Astronomical Journal.
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