Universo tem 13,35 bilhões de anos, dizem cientistas

Astrônomos utilizaram aglomerados globulares para calcular idade do Cosmos.

Universo tem 13,35 bilhões de anos, dizem cientistas
Foto do aglomerado globular M80, situado a 28 mil anos-luz da Terra, na direção da constelação de Escorpião. Imagem: The Hubble Heritage Team (AURA/STScI/NASA)

A partir do estudo de 68 aglomerados globulares galácticos, observados pelo Telescópio Espacial Hubble, uma equipe de astrônomos e cosmólogos conseguiram calcular uma nova data para a idade do Universo: 13,35 bilhões de anos. Os aglomerados globulares são grandes coleções de estrelas na forma de uma esfera.

De acordo com a teoria mais aceita atualmente, as primeiras estrelas se formaram por volta de 13 bilhões de anos atrás e rapidamente se uniram para formar os primeiros aglomerados globulares. Esses, por sua vez, também se fundiram a outros aglomerados para formar as primeiras galáxias do Cosmos, que estão evoluindo desde então.

Por esse motivo, se você busca pelas estrelas mais antigas, para determinar a idade do Universo, provavelmente você as encontrará no interior de aglomerados globulares.

A nova pesquisa foi liderada por David Valcin, pesquisador do Instituto de Ciências Cosmos da Universidade de Barcelona (ICCUB), em parceria com equipes de pesquisadores da França, Espanha e Estados Unidos.

Eles estudaram a distribuição de estrelas nesses aglomerados com base em sua magnitude, separando as populações estelares de mesma idade. Utilizando modelos computacionais foi possível estimar a idade média dos aglomerados mais antigos em 13,13 bilhões.

Ao considerar a quantidade de tempo que levaria para esses aglomerados globulares se formarem, os cientistas foram capazes de chegar a uma estimativa de 13,35 bilhões de anos de idade para o Universo.

VEJA MAIS

Big Bang

Esse resultado tem um nível de confiança de 68%. O número é compatível com a estimativa de idade anterior de 13,8 bilhões de anos, calculada por meio dos dados da missão Planck, da Agência Espacial Europeia (ESA), que estudou a radiação cósmica de fundo, criada pelo Big Bang.

O estudo foi publicado no Journal of Cosmology and Astroparticle Physics e poderá ajudar cientistas a aprender mais sobre a expansão do Universo, além da formação e evolução das estrelas e galáxias.

💡 Já visitou a Lojinha do Futuro Astrônomo? Lá você encontra vários itens para quem é fã do espaço. Acesse aqui!

Sobre o Autor

Hemerson Brandão
Hemerson Brandão

Hemerson é editor, repórter e copywriter, escrevendo sobre espaço, tecnologia e, às vezes, sobre outros temas da cultura nerd. Grande entusiasta da astronomia, também é interessado em exploração espacial e fã de Star Trek.