China lança satélite para procurar matéria escura
Missão inclui um novo sistema óptico nunca antes utilizado no espaço.
No último sábado, 25, a China lançou com sucesso o foguete Long March 4B, transportando três satélites ao espaço. Entre eles, estava o NJU-HKU No.1, um experimento das universidades de Hong Kong e de Nanjing para procurar sinais de matéria escura.
A decolagem ocorreu a partir do Centro de Lançamento de Satélites Taiyuan às 11h14 no horário de Pequim (0h14 no horário de Brasília).
O objetivo do satélite astronômico é captar imagens utilizando uma câmera ultragrande angular para procurar sinais de matéria escura na faixa do raio-x.
O satélite utiliza um novo sistema óptico chamado de “lobster-eye” (“olho de lagosta” em português), o primeiro a utilizar a tecnologia no espaço, segundo os chineses.
Os olhos de uma lagosta são compostos de células longas e estreitas que refletem uma quantidade minúscula de luz de uma determinada direção. Isso permite que a luz de uma ampla área seja focada em uma única imagem.
A ótica do satélite funciona da mesma forma, permitindo fazer imagens um amplo campo de visão para gerar imagens de eventos transitórios que não podem ser previstos com antecedência.
A expectativa dos chineses é procurar as hipotéticas partículas de “neutrino estéril”, que poderiam revelar mais detalhes sobre a matéria escura.
A misteriosa “matéria escura” é uma forma de matéria que não interage com a matéria comum e nem com ela mesma. Ela também não emite nenhuma luz, o que a torna “invisível”. A sua presença só é detectada apenas por meio da força gravitacional que ela exerce ao seu redor. Estima-se que a maior parte da matéria do Universo seja feita de matéria escura.
O satélite também será utilizado para estudar gases em aglomerados de galáxias, cometas no Sistema Solar, a interação do vento solar na magnetosfera da Terra, entre outros.
Além do NJU-HKU No.1, o foguete chinês transportou o Ziyuan-3 (03) — para fazer um mapeamento da Terra de alta resolução por meio imagens em 3D e observações multiespectrais — e mais um satélite para a constelação “Apocalypse” — que visa testar tecnologias de Internet das Coisas no espaço.
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