Brasil testa motor de foguete lançador de satélites
Em parceria com a Alemanha, teste decisivo pode dar mais autonomia para o Brasil lançar os seus próprios satélites.
Nesta sexta-feira, 1º de outubro de 2021, o Brasil testa o motor do Veículo Lançador de Microssatélites (VLM-1) em uma unidade do Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE), localizado na divisa dos municípios de São José dos Campos e Jacareí, no interior do estado de São Paulo. A informação é do Valor Econômico.
O projeto tem parceria com a DLR-Moraba, uma organização pertencente ao Centro Aeroespacial Alemão (DLR). A parceria com a Alemanha visa reduzir riscos e custos relacionados ao desenvolvimento do VLM-1, com cada país desenvolvendo diferentes componentes do foguete.
O VLM-1 tem o objetivo de criar um veículo capaz de lançar microssatélites entre 10 e 100 kg em órbitas baixas (LEO), equatoriais (de até 300 km de altitude) ou de reentrada. Ele conta com três estágios, sendo os dois primeiros utilizando o propulsor S-50, desenvolvido exclusivamente pelo Brasil.
A construção do motor S-50 teve a participação da Avibras, empresa que projeta e fabrica produtos e serviços de defesa. A organização foi contratada e utilizou recursos orçamentários da Agência Espacial Brasileira (AEB).
Durante o teste em terra, o motor funcionará de forma a simular um voo real por até 84 segundos, queimando 12 toneladas de propelente (combustível). O objetivo é verificar se a velocidade de queima e o empuxo estão conforme o previsto, e também se o invólucro resistirá ao teste.
Outros testes já foram realizados, para verificar trepidação e resistência de materiais, mas não tão complexo quanto este.
Cerca de R$ 100 milhões já foram investidos no desenvolvimento do motor, ao longo dos últimos 12 anos.
VLM-1
A previsão é que até 2025 o foguete esteja concluído. Entretanto, caso ocorram eventuais falhas no teste desta sexta-feira, este prazo para conclusão do projeto pode ser prolongado.
Segundo Carlos Moura, presidente AEB, o desenvolvimento do foguete busca oferecer mais autonomia para o Brasil lançar, quando quiser e na órbita mais adequada, os seus próprios satélites.
“Hoje, quando se fala em acesso ao espaço para colocar satélites em órbita, o nosso carro-chefe é esse motor. O ensaio será determinante para calibrar os nossos esforços com vistas às fases seguintes”, afirmou Moura ao Valor.
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Os microssatélites lançados pelo VLM-1 poderão ter diversas aplicações, como na defesa civil, para alertas de desastres naturais; no meio ambiente, para detectar incêndios; na agricultura, para identificar pragas e previsão do tempo; na comunicação, levando cobertura de serviços de telecomunicações em áreas não cobertas; entre outras.
O Brasil também poderá participar do competitivo mercado internacional de lançamentos comerciais de microssatélites, a partir do Centro de Lançamento de Alcântara (CLA), localizado no estado do Maranhão.
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