Astrônomos podem ter detectado as primeiras exoluas
Confirmação ainda depende de novos avanços tecnológicos.
No Sistema Solar, as luas existem aos montes. Excluindo Mercúrio e Vênus, que não possuem satélites naturais, os outros planetas possuem companheiras ao seu redor. A Terra tem uma. Marte tem duas. Já Júpiter tem mais de 75 luas.
Nos últimos anos, milhares de exoplanetas foram descobertos, mas, até o momento, não haviam sido encontradas evidências concretas de exoluas – satélites orbitando planetas extrassolares.
É difícil encontrar exoluas porque elas são menores que seus planetas companheiros, portanto, seu sinal é fraco e sua posição no sistema muda por causa de sua órbita.
Entretanto, um novo estudo parece indiciar a existência de nada menos que seis exoluas.
Com a ajuda da sonda Kepler, foi possível encontrar planetas fora do Sistema Solar, por meio do estudo do brilho de estrelas individuais. Na prática, se existir um alinhamento adequado, a estrela escurecerá brevemente à medida que um planeta cruzar seu disco. Quanto maior o planeta, mais a estrela escurece durante um trânsito.
Mas, às vezes, os dados de brilho sobre um trânsito parecem um pouco confusos. É aí que os cientistas começam a se perguntar se podem estar vendo outra coisa, não apenas um planeta.
Potenciais exoluas
Ao analisar oito estrelas que apresentam trânsitos, pesquisadores notaram que a mudança no brilho começa um pouco mais cedo ou mais tarde do que o previsto. E para seis dessas estrelas, a causa desse fenômeno poderia ser a existência de uma lua ao redor do exoplaneta.
“Podemos dizer que esses seis novos sistemas são completamente consistentes com exoluas… Mas não temos a tecnologia para confirmá-los, fotografando-os diretamente. Isso terá que esperar por novos avanços” afirma Chris Fox, doutorando da Western University no Canadá e principal autor do estudo.
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Encontrar luas em outros sistemas estelares permite entender mais sobre a formação e evolução de sistemas planetários, identificar lugares potencialmente atraentes para procurar vida, além de ajudar a contextualizar nosso próprio Sistema Solar, sabendo o quão comuns ou incomuns nós somos.
Porém, essas oscilações também podem ser causadas por outras coisas. É possível que um outro planeta não identificado, que não cruza o disco da estrela, pode estar gerando as peculiaridades nos trânsitos, por exemplo. Portanto, há muitas causas a serem analisadas, antes da confirmação que a lua é a melhor explicação.
O estudo foi publicado no arXiv.org.
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