Brasil testa com sucesso motor de futuro foguete nacional
Teste é considerado um importante passo para o desenvolvimento do Programa Espacial Brasileiro.
Nesta sexta-feira, 1º de outubro, a Agência Espacial Brasileira (AEB) realizou o teste do motor S-50, em uma unidade do Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE) localizado no interior do estado de São Paulo. Segundo a agência, o teste foi um sucesso, com os engenheiros presentes mostrando-se muito contentes com os resultados.
“Isso é extremamente importante para que nós tenhamos um equipamento qualificado, apto para ser usado para veículo lançador de microssatélite, ou mesmo para veículos suborbitais, que nos permitam fazer experimentos, por exemplo, em condição de microgravidade. O teste do motor S50 é um passo importantíssimo para que possamos ter um veículo lançador de microssatélites capaz de levar nossas cargas espaciais para as órbitas que desejamos”, afirmou o presidente da AEB, Carlos Moura.
O objetivo do teste foi analisar a resistência, empuxo, pressão, vibração, deformação e temperatura do motor, simulando um voo real. Ele foi preso a um grande bloco de concreto e contava com uma série de sensores para medir o comportamento do motor durante 84 segundos.
O S50 possui propulsão sólida e utiliza tecnologias que oferecem vantagens em desempenho e em manufatura. A capacidade propulsiva dele também é muito maior, tendo praticamente o dobro de massa dos motores tradicionais que eram utilizados na época do aposentado Veículo Lançador de Satélites (VLS).
O novo motor deverá ser utilizado no Veículo Lançaor de Microssatélites (VLM-1), além do foguete de sondagem VS-50. Os dois foguetes estão sendo desenvolvidos a partir de uma parceria entre a AEB e a Agência Espacial Alemã (DLR).
Além de Carlos Moura, estavam presentes durante o teste outras autoridades, como Marcos Pontes, astronauta e ministro da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI).
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VLM-1
O teste desta sexta-feira foi considerado um passo importante para a construção do VLM-1, um foguete capaz de lançar microssatélites entre 10 e 100 kg em órbitas baixas (LEO), equatoriais (de até 300 km de altitude) ou de reentrada. O veículo contará com três estágios, sendo os dois primeiros utilizando o S-50.
Nos últimos 12 anos, cerca de R$ 100 milhões já foram investidos no desenvolvimento do motor.
A expectativa é que o foguete seja concluído em 2025. A ideia é que com o VLM-1 o Brasil entre no concorrido mercado internacional de lançamento de microssatélites.
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